quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Sociedade Vs Luz

Boa noite aos leitores do Sociedade Vs luz,espero que tenham gostados das últimas postagens do blogger. Estamos pensando em qual tema vamos falar dessas vez, se vocês tiverem idéias para a o blogger ficaríamos muito felizes de saber qual sua ideia ou se você tem alguma opinião e quiser mostra essa opinião para agente fiquem a vontade. É muito importante pra nos que vocês participem junto com agente e divulguem o blogger para os seus amigos ou familiares. As próximas postagem serão postadas depois do dia 30/09. Então até la mas nesse tempo divulguem o blogger e desfrutem das postagens antigas,aqui embaixo deixarei algumas postagens que eu acho interessantes e se vocês não leram ou se quiserem ler novamente fiquem a vontade.


Matéria sobre Iluminismohttp://sociedadevsluz.blogspot.com.br/2013/05/blog-post.html

Matéria sobre Intelectuaishttp://sociedadevsluz.blogspot.com.br/2013/05/um-intelectu-al-uma-pessoa-que-usa-o.html

Matéria sobre A Filosofia http://sociedadevsluz.blogspot.com.br/2013/05/filosofia-e-de-origem-grega-e-significa.html

Matéria sobre Filosofia Quânticahttp://sociedadevsluz.blogspot.com.br/2013/05/filosofia-quantica.html

matérias sobre Egito E Turquia >  http://sociedadevsluz.blogspot.com.br/2013/07/egito.html > http://sociedadevsluz.blogspot.com.br/2013/06/turquia.html

Matéria sobre A Famosa e Polêmica maçonaria http://sociedadevsluz.blogspot.com.br/2013/07/a-polemica-e-famosa-maconaria.html

matéria sobre Mistério Por Traz Do Beste celler Código Da Vinci http://sociedadevsluz.blogspot.com.br/2013/08/misterio-por-traz-do-best-celler-codigo.html

Matéria sobre o Vaticano e suas conspirações...e maçonaria >  http://sociedadevsluz.blogspot.com.br/2013/08/vaticano-e-suas-conspiracoes-e-maconaria.html

Matéria sobre O Plano maçônico para a destruição da igreja católica >  http://sociedadevsluz.blogspot.com.br/2013/08/o-plano-maconico-para-destruicao-da_21.html

Matéria sobre maçonaria os 33 graushttp://sociedadevsluz.blogspot.com.br/2013/08/maconaria-os-33-graus.html

A BESTA SEMELHANTE A UM CORDEIRO http://sociedadevsluz.blogspot.com.br/2013/08/a-besta-semelhante-um-cordeiro.html

Matéria sobre o Luc Ferry http://sociedadevsluz.blogspot.com.br/2013/09/lucferry-filho-de-um-processador-e.html

Matéria : Luc Ferry defende os valores do humanismo e da espiritualidade laicahttp://sociedadevsluz.blogspot.com.br/2013/09/luc-ferry-defende-os-valores-do.html

Luc Ferry ; "A felicidade não existe, só a serenidade" http://sociedadevsluz.blogspot.com.br/2013/09/luc-ferry-felicidade-nao-existe-so.html

Luc Ferry e a Revolução Do Amor > http://sociedadevsluz.blogspot.com.br/2013/09/luc-ferry-e-revolucao-do-amor.html

piopu

domingo, 22 de setembro de 2013

ARTIGO: Iluminismo Contra As Trevas Do Espirito

Resultado de 30 anos de estudos, biografia monumental reconstrói a vida do filósofo de espírito combativo.

Por REGINA SCHÖPKE

Houve um tempo, não muito distante, em que os filósofos acreditavam profundamente no poder da razão e, mais ainda, no poder do homem modificar verdadeiramente as condições de sua existência. Talvez o correto fosse simplesmente afirmar que houve uma época em que os filósofos acreditavam mais na própria filosofia - tal como os antigos gregos, que a criaram para enfrentar os abusos de poder do mundo mágico-religioso e de seus “mestres da verdade”.

Estamos falando aqui do século 18, que, independentemente do que se diga, é profundamente essencial para a construção e compreensão do mundo contemporâneo. Afinal, a luta dos filósofos chamados de iluministas está na origem de uma das transformações sociais mais radicais de todos os tempos, que se deu, para o bem e para o mal, com a Revolução Francesa. Para o bem, porque era impossível aceitar as condições de miséria e exploração em que vivia o povo; para o mal, porque nenhum filósofo iluminista provavelmente ficaria satisfeito com os desdobramentos da dita revolução que ansiava pela “liberdade igualdade e fraternidade”.

Seja como for, o Iluminismo não foi um movimento intelectual entre outros. De certa maneira, ele foi algo que extrapolou os limites da língua, dos territórios e até mesmo das classes sociais. Pode-se dizer que os iluministas eram uma espécie de “grande família”, cujos membros se espalhavam por vários cantos da Europa e especialmente na França, com Voltaire, D’Alembert, Rousseau, Barão de Holbach, Diderot, etc. O elo que os ligava era, mais do que uma crença, uma certeza: a de que alguns valores humanos são eternos, ainda que não existam por si mesmos. “Eternos” porque, sem eles, o próprio sonho de ser homem perde o seu sentido.

Kant, uma das personalidades mais ilustres do iluminismo alemão, deixou-nos uma das melhores definições desse movimento. Para ele, o Iluminismo representava a emancipação do homem da tutela que ele próprio impôs a si, ao se deixar dominar pelos outros e não por sua própria razão. “Faça uso da tua razão!”: eis o lema do Iluminismo para Kant.

Entre os franceses, a questão era a mesma. No entanto, a ênfase no social e no político soava bem mais forte. Não era por outro motivo que Voltaire achava inútil qualquer querela metafísica, sem falar em Diderot, cujo percurso filosófico foi marcado por uma clara e corajosa mudança de perspectiva, em que o filósofo deísta vai aos poucos se tornando mais cético e reflexivo, a ponto de aproximar-se mais dos materialistas de seu tempo (algo que o levou à prisão e lhe valeu uma crítica do próprio Voltaire, que via no materialismo ateísta um perigo para a sociedade - que, para ele, precisava da ideia de Deus como sustentáculo dos valores morais).

Diderot não compartilhava desta prevenção com relação aos ateístas (entre os quais, aliás, dizia se sentir muito bem), mas o canto de Voltaire atingiu notas mais altas e ressoou com mais intensidade na “eternidade”. Isto, porém, não impediu que outros cantos também ecoassem, como o do próprio Diderot, que amava a ficção e o teatro e que dizia que “era tão arriscado acreditar em tudo como não acreditar em nada” e que “a superstição ofende mais a Deus do que o ateísmo”. É exatamente essa voz menos “divina” e talvez, por conta disso, também menos dogmática, que chega até nós por intermédio de Arthur M. Wilson, em seu monumental Diderot.

Considerada a mais completa e confiável biografia deste filósofo, o livro de Wilson tem como fonte principal os documentos do próprio Diderot (suas obras e sua vasta correspondência). É assim que o professor emérito da Dartmougt College reconstrói a vida de seu personagem numa narrativa instigante, recheada com citações do próprio filósofo. Sem dúvida, é por ser uma reconstrução que ela não deixa de ser também uma criação - no melhor sentido da palavra, já que é impossível capturar inteiramente as nuances e os devires do instante vivido. Ao biógrafo, no fundo, cabe a tarefa nada pequena de ligar os pontos (os momentos sempre fugidios) dispersos no tempo, de modo a produzir uma malha de acontecimentos e sentimentos que faça sentido. E isso, sem dúvida, Wilson fez com perfeição, seja mostrando o lado de um pai afetuoso e preocupado com a educação da filha ou o do homem magoado com as leviandades da amante; seja revelando a relação um tanto fria com Voltaire ou os detalhes da amizade, posteriormente rompida, com Rousseau - enfim, expondo os percalços, alegrias e angústias deste homem de espírito combativo e apaixonado (por vezes, até inflamado) que aprendeu a lidar com o mundo, e sem ser corrompido por ele.

Esta obra, resultado de mais de 30 anos de pesquisas e estudos, atesta a paixão de Arthur Wilson pelo filósofo, mas também pelo próprio Iluminismo, que tanto influenciou o espírito norte-americano em sua luta pela liberdade. Afinal, como disse Voltaire, em uma carta a Diderot: “Nossa divisa é: sem quartel aos supersticiosos, aos fanáticos, aos ignorantes, aos loucos, aos perversos e aos tiranos... ou será que nos chamamos de filósofos para nada?”

Pois bem, falar do Iluminismo é falar de filósofos e livres-pensadores, de homens que pensam por si, que fazem “uso de sua razão” e que, por isso mesmo, nem sempre concordam em tudo, embora jamais deixem de concordar que é necessário empreender uma luta sem trégua contra as trevas do espírito, contra a ignorância, as superstições, os preconceitos, os dogmas e tudo o que fere a razão e o bom senso (o que, no fundo, continua sendo a grande meta da filosofia, a despeito do descrédito atual da razão e do espírito crítico). O melhor aspecto deste livro, entretanto, é a desmistificação do caráter destes apologistas da razão. Afinal, longe de defenderem uma razão fria e insensível, Diderot e seus colegas iluministas têm apenas consciência de que o homem deve ser governado pela razão, e não por seus medos, desejos e paixões... Na verdade, a sensualidade e as paixões jamais foram negadas por Diderot (que, inclusive, as viveu com intensidade). Afinal, como ele próprio disse: “A razão sem paixões seria quase um rei sem súditos.”

Sem dúvida, os iluministas são devedores de Locke e Espinosa, mas sua filiação vai ainda mais longe, até Epicuro e Lucrécio. Afinal, muitos séculos antes dos iluministas, eles já diziam que as crenças cegas e as superstições nascem da ignorância das leis naturais, da incompreensão da natureza, e que essa é a forma de manter os homens fracos e covardes. Aliás, esta é a forma da tirania triunfar, como afirmaram Espinosa e o próprio Diderot. Por isso mesmo, o grande empreendimento de Diderot foi - juntamente com D’Alembert - editar a tão conhecida Enciclopédia, o mais precioso instrumento de divulgação das ideias iluministas. Afinal, como bem nos mostra Wilson, Diderot acreditava no poder do conhecimento para dissolver os erros e os preconceitos, e não é por outra razão que a Enciclopédia tinha como ambição maior reunir todo o saber humano em milhares de verbetes escritos por filósofos e sábios de todas as áreas. Esse trabalho, que durou mais de 20 anos, mudou para sempre a história e a feição do conhecimento humano.

Pois bem, repleta de revelações curiosas sobre a vida social e intelectual do século 18, essa biografia tem também o mérito de mostrar algo que, em tese, é óbvio, embora não para todos: que os filósofos são seres humanos, sujeitos a fraquezas e defeitos inerentes a esta condição. Contudo, é o que eles têm de magnânimo, de grandioso, que precisa ser exaltado, que precisa servir de exemplo, porque enquanto a maior parte dos homens vive apenas para os seus próprios interesses e prazeres, alguns escrevem com o seu próprio sangue e espírito as páginas mais sublimes da história humana.
                                                                                   

REGINA SCHÖPKE É FILÓSOFA E MEDIEVALISTA, AUTORA DE MATÉRIA EM MOVIMENTO E DICIONÁRIO FILOSÓFICO (MARTINS FONTES)
Amanha dia 23, postaremos uma artigo muito interessante, sobre iluminismo por Regina Schopke. Então aguardem até amanha para ver esse artigo.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Como Conheci Luc Ferry

Eu Conheci o filosofo francês, Luc Ferry num programa de televisão da TV cultura chamado café filosófico. Programa que eu convido todos para assistir. Quando comecei a assistir o programa achei as palavras de Ferry, muito sábias, desde então comecei a pesquisar mais e mais, sobre esse grande filósofo francês. Foi ai que eu tive a ideia, de falar desse filósofo aqui no blogger para aquelas pessoas que não conhece Ferry,e para aqueles que já conheciam ler mais um pouco sobre esse filósofo.



                             Aqui eu deixo o link do video para quem quiser assistir essa grande palestra.


E aqui embaixo deixo o link onde Ferry fala sobre, as transformações do mundo contemporâneo.   


                


Na postagem de amanha, eu falarei como conheci o filosofo Luc Ferry, e também deixarei links de videos para que vocês possam assistir. Assim encerrando todas as matérias sobre esse grande filósofo.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Luc Ferry E A Revolução Do Amor

Luc Ferry, defensor do Humanismo Secular, filosofia baseada na razão, na ética e na justiça.
O objetivo de Ferry foi responder à questão sobre como se vive uma vida boa ou uma vida com êxito. Para isto, ele contou duas histórias, uma antiga e uma moderna: a de Ulisses, herói Grego, que consta em Odisseia e a invenção do casamento por amor no ocidente.
Num dos momentos de Odisseia relatados por Ferry, o deus Poseidon tenta fazer com que o herói Ulisses esqueça o sentido de sua vida, colocando-lhe obstáculos de esquecimento em seu caminho de volta para a casa. Um deles é a deusa Calipso, que oferece a Ulisses a imortalidade e a juventude eterna se ele ficasse com ela. Ulisses recusa a oferta e aceita a morte, pois sabe que o objetivo da vida não é a imortalidade. Dessa forma, ele segue seu caminho em busca de viver a sua boa vida mortal.
A partir da história de Ulisses, Ferry explica que existem três elementos em toda a filosofia que definem a boa vida para os mortais:
1- O ser sábio: Primeiramente, é aquele que aceita a morte. Que vence seus medos e aceita viver a boa vida. Ferry pontua os três medos principais: o medo social, que se dá pela timidez, as angústias que são expressadas pelas fobias e o medo da morte.
2- Viver no presente: Os gregos percebiam dois empecilhos para se alcançar a boa vida: o passado e o futuro, que não nos deixam viver o presente. Estamos presos ao passado quando, por exemplo, tentamos reescrever histórias que não voltam mais. Quando escapamos do passado, na maior parte do tempo estamos conectados com o futuro, que nos traz a ilusão de que as coisas sempre vão melhorar depois. Precisamos habitar o presente, que é a única dimensão real do tempo. Durante vinte anos, Ulisses, estava sempre lamentando o passado que deixou e imaginando estar no futuro.
3- Encontrar um lugar no cosmos: Os gregos acreditavam que o universo inteiro é como um organismo vivo, que possui uma ordem harmônica e que o cosmos é eterno, não morre. Ferry diz que todos temos o nosso lugar no cosmos e quando o encontramos, nos tornamos nós mesmos e então, a morte passa a ser caracterizar apenas como uma passagem.
Com base nestes três elementos de ação, Ferry acredita que possamos garantir o êxito em nossa existência.
Na segunda história, sobre o casamento, o filósofo expõe as referências mundanas atuais da humanidade. Segundo ele, na Idade Média o ato de casar não tinha nenhuma relação com sentimento. Era uma questão prática e de interesses econômicos: casava-se para transmitir o patrimônio e dar continuidade a linhagem.
O trabalho assalariado provindo do capitalismo, traz consigo a possibilidade de independência por parte, principalmente, das mulheres e junto com isto, a realidade de poder exercer o poder de escolha sobre o(a) parceiro(a) com quem se pretende formar uma família.
Desta mudança de comportamento surgem três consequências:
1 – A invenção do divórcio:A paixão amorosa termina, é efêmera e precisa de cuidados para que se transforme em algo que perdure. Viver o amor é mais difícil do que viver a tradição, a convenção de um casamento arranjado, mas é uma conquista do ser humano.
2 – A noção de amor pelos filhos como nunca existiu: Na idade média, não se amavam os filhos. O interesse maior estava no primeiro e no segundo filho, para que se mantivesse o nome da família. Uma em cada duas crianças chegavam aos 10 anos. Hoje, amamos apaixonadamente as crianças. Isto muda a nossa vida no plano coletivo e político.
3 – A desconstrução do Sagrado: Há séculos, as três grandes causas de morte, de sacrifícios coletivos da humanidade, vem sendo Deus e as religiões, a pátria e as revoluções. Ferry explica que atualmente, entre os jovens da Europa, ninguém está pronto para morrer por ideias. Estas figuras do Sagrado caíram por terra e uma nova figura veio à tona: o próprio ser humano. São as pessoas que amamos que passam a nos importar.
Toda esta mudança de percepção comportamental e sócio-cultural faz com que as grandes questões políticas da atualidade passem a vigorar sob o guarda-chuvas do olhar para as gerações futuras: “Que mundo vamos deixar para as nossas crianças?” Logo, o pensamento passa a ser coletivo e não apenas particular.
Luc Ferry encerra sua brilhante conferência com a seguinte metáfora:
“Se quiser ter uma ideia do que representam as figuras tradicionais do sagrado, pense no comandante de um barco que naufraga. O comandante afundará com o barco, pois este é seu código de honra. Hoje, ninguém mais está disposto a morrer pelo casco do navio. Mas, estamos dispostos a arriscar a vida por pessoas. Enquanto Ulisses procurava a reconciliação com o mundo, nós procuramos uma reconciliação com as pessoas, com o SER humano. Esta é a revolução do amor.”
Frente às sábias palavras de Luc Ferry, desejo que possamos buscar nesta revolução, o êxito compartilhado. Muito amor para todos e claro, uma vida boa.
Amanha postaremos uma matéria bem interessante, e que vai ser útil para todos. O filosofo francês Luc Ferry responde, como viver uma vida boa ou uma vida com êxito.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Luc Ferry: “A felicidade não existe. Só a serenidade”

Para o filósofo francês, todas as grandes filosofias tentaram fazer com que os homens vencessem seus medos. Hoje, a ecologia se baseia na proliferação do medo.

Todas as filosofias, assim como as religiões, querem a mesma coisa: salvar os homens do medo que os impede de viver bem. Só que as grandes filosofias são as doutrinas da salvação sem Deus e sem a fé.

A popularidade do filósofo francês Luc Ferry, 62 anos, também é alicerçada na originalidade de suas frases de efeito. Por exemplo: “A felicidade não existe, o que existe é a serenidade”. Ou: “Todas as grandes filosofias e religiões tentaram fazer com que os homens vencessem seus medos. Hoje, a ecologia política se baseia na proliferação do medo”. Lançada em 2006, Aprender a viver, sua obra de maior sucesso, vendeu mais de 700.000 exemplares em dezenas de idiomas. Entre seus últimos livros estão Famílias, amo vocês e A tentação do cristianismo. Ministro da Educação da França de 2002 a 2004, foi o idealizador da lei que proibiu o uso de véu por estudantes muçulmanas nas escolas públicas francesas. Alto, cabelos negros e ondulados, Ferry expôs, entre uma tragada e outra, um pouco da teoria que mistura filosofia, psicanálise e irresistíveis pitadas de autoajuda.

 

Qual é o maior obstáculo à felicidade? A felicidade não existe. Temos momentos de alegria, mas não existe um estado permanente de satisfação. Separações, a morte de pessoas queridas, doenças e acidentes são inevitáveis. É por isso que a busca pela felicidade plena não faz sentido. O que podemos almejar é a serenidade, algo completamente diferente. Só se atinge a serenidade vencendo o medo. É o medo que nos torna egoístas e nos paralisa, que nos impede de sorrir e de pensar de forma inteligente, com liberdade. Os filósofos gregos costumavam dizer que o sábio é aquele que consegue vencer o medo.

O medo da morte é o maior obstáculo para o homem? Existem basicamente três grandes medos. O primeiro é a timidez. Ele aparece, por exemplo, quando somos apresentados a alguém muito importante, ou quando precisamos falar em público. É a pressão da sociedade. O segundo medo são as fobias. Medo do escuro, de insetos, de ficar preso num elevador. O terceiro é o medo da morte. Tememos mais a morte de pessoas que amamos do que a nossa própria morte. Não me refiro apenas à morte biológica, mas a tudo o que é irreversível. O corvo do poema homônimo de Edgar Alan Poe exemplifica isso perfeitamente. Repete a todo momento, como um papagaio, a expressão “nunca mais”. Essa é a morte dentro da vida. Para uma criança, pode ser o divórcio dos pais, já que nunca mais os verá juntos. O nunca mais, a irreversibilidade da vida, nos dá a experiência da morte. A grande questão da serenidade, e não da felicidade, é como vencer esse medo. Toda a filosofia, desde Homero e Platão até Schopenhauer e Nietzsche está baseada na doutrina da serenidade.

Além das fobias conhecidas, existem as modernas? Vivemos a sociedade do medo. Aos três grandes medos que eu falei, adiciona-se outro, tipicamente ocidental: o medo que se desenvolveu com a ecologia politica. Medo do eleito estufa, do buraco na camada de ozônio, do aquecimento global, de micróbios, da poluição, do fim dos recursos naturais. A cada ano, um novo medo se adiciona a todos os outros: medo da carne vermelha, da gripe aviária, da aids, do sexo, do tabaco, da velocidade dos carros. Os grandes ecologistas e os filmes que tratam do tema têm como objetivo principal trazer o medo. No livro O princípio da responsabilidade, do filósofo alemão Hans Jonas, há um capítulo chamado Heurística do medo. Nele, o medo é descrito como uma paixão positiva e útil. Em toda a história da filosofia ocidental, o medo é o inimigo, é algo infantil, que faz mal. A ecologia inverte essa tradição filosófica ao sustentar que o medo é o começo de uma nova sabedoria e que, graças ao medo, os seres humanos vão tomar consciência dos perigos que existem no planeta. O medo não é mais visto como algo infantilizado, mas como o primeiro passo no caminho da sabedoria. É o que os ecologistas chamam de princípio da precaução. Isso não quer dizer que os ecologistas estejam errados. Há um componente de verdade no que dizem, mas há também muita mentira. Não aceito a ideia de um movimento político que se baseie exclusivamente no medo.

Qual a diferença entre a angústia vista pela psicanálise e pela filosofia? A filosofia e a psicanálise lidam com angústias distintas. A psicanálise luta contra a angústia patológica, o conflito entre o desejo e a moral, uma tentativa de reconciliar o indivíduo consigo próprio. No entanto, mesmo se atingíssemos uma perfeita saúde mental, depois de 20 anos de análise bem sucedida, restaria a angústia metafísica. Aí começa a filosofia, que ensina a alcançar a sabedoria no sentido da serenidade, não da felicidade.

O que há na filosofia que a religião não tem?Tanto a grande religião quanto a grande filosofia pretendem fazer com que as pessoas deixem de ter medo. Essencialmente, o que a religião diz é que, se alguém tem fé, se acredita em Deus, não precisa ter medo. Não precisa, por exemplo, temer a morte. As religiões são a doutrina da salvação pela fé. Todas as filosofias querem a mesma coisa: salvar os homens do medo que os impede de viver bem. Só que as grandes filosofias são as doutrinas da salvação sem Deus e sem a fé.

Com a disseminação do medo, ficou mais difícil superá-lo? A primeira grande resposta a essa pergunta nasce na Odisséia, de Homero. O poema conta como Ulisses vencerá os maiores medos da existência humana: o medo do passado e do futuro. Ulisses, que vive em Ítaca, uma cidade grega, com sua mulher Penélope, precisa partir para a Guerra de Tróia. Fica 20 anos longe de casa, imerso no caos da guerra. A história mostra como Ulisses vai do caos à harmonia, da guerra à paz, do ódio ao amor de Penélope. Durante 20 anos ele se agarra ao passado, ou ao futuro, à nostalgia de Ítaca, ou à esperança de voltar a Ítaca. Quando retorna à terra natal depois de tanto tempo, pode, enfim, viver no presente. Os filósofos gregos diziam que o sábio é aquele que consegue pensar menos no passado e ter menos esperança. Se eu me separar, se mudar de casa, se trocar de emprego. O passado já aconteceu. O futuro é uma ilusão.

Por que o título do seu livro é Aprender a viverHouve uma mudança no ensino da filosofia, uma guinada da prática para o discurso decorrente da vitória do cristianismo sobre o mundo ocidental. A partir da Idade Média a religião assume um papel mais importante que a filosofia. Ela detém o monopólio do que é a vida beata, do que é a salvação, e proíbe a filosofia de cuidar dessa questão. É aí que a filosofia se torna apenas um discurso, uma análise de conceitos e não mais uma prática que tem por objetivo ensinar a viver. Escolhi o título Aprender a viver para difundir a ideia de que a filosofia não é apenas um discurso, mas um aprendizado da vida. Resumidamente, a filosofia é uma concorrente da religião e da psicanálise.

O ensino da filosofia deveria ser obrigatório nas escolas? Tudo depende da forma como ensinamos. Infelizmente, a maior parte do tempo, ao menos na França, reduzimos a filosofia a um tipo de instrução civil. Apresentamos aos alunos questões sem respostas possíveis: “O que é o belo?”, “o que é o bem?”, “o que é o tempo?”. Isso não tem nada a ver com a filosofia. É uma imbecilidade, uma estupidez. É melhor não ensinar filosofia do que ensinar dessa forma. Se um dia quisermos que as crianças pensem por si próprias, precisamos ensinar a história de grandes visões do mundo. Contar, por exemplo, que na filosofia existem cinco grandes respostas para a pergunta “o que é a vida boa”: a grega, a cristã, a do humanismo moderno, a de pensadores como Nietzsche e a contemporânea. Isso é apaixonante. A filosofia não consiste em tentar construir um argumento para responder a uma questão absurda. A filosofia é aprender a viver.

Como se ensinava filosofia nas grandes escolas gregas? Ao contrário do que ocorre nas nossas, nas escolas gregas não havia discursos, mas exercícios de aprendizado da sabedoria. Um exemplo: na escola estóica, no século IV A.C., Zenão de Cítio, o primeiro estóico, pedia a seus alunos que pegassem um peixe morto na feira e o amarrassem em uma coleira para levá-lo para passear como se fosse um cachorro. Quando passavam, quase todos olhavam e zombavam. O que pretendiam? Que os alunos não temessem o que os outros diziam. O sábio não é apenas aquele que vence o medo do olhar alheio, do que os outros pensam. O sábio não se importa com as convenções artificiais dessas “boas pessoas”. Ele desvia o olhar para concentrar-se na natureza, no cosmos. Vive em harmonia com a ordem natural, com ele próprio e com o mundo.

Como ministro da Educação, o senhor provocou controvérsia ao banir o uso de véu pelas estudantes muçulmanas e do solidéu pelos judeus nas escolas públicas. O que o senhor pensa hoje dessa polêmica? Na França, a polêmica não foi tão grande quanto nos outros países que não entenderam a nossa posição. Temos a maior comunidade judaica do mundo, depois de Israel e Nova York, assim como temos a maior comunidade muçulmana da Europa. Depois da segunda intifada (2000), que aguçou o conflito entre israelenses e palestinos, houve um aumento enorme de atos violentos dentro das escolas. As crianças muçulmanas se sentiam palestinas, embora fossem francesas. E os judeus retrucavam como sendo israelenses. Mesmo sendo, antes de tudo, franceses. Limitei-me a dizer que, no ensino fundamental, até os 16 anos, todos os sinais religiosos estavam proibidos. Mão só o véu islâmico, mas o quipá e a cruz. A decisão se limitou às crianças, não atingiu as ruas, os adultos. O professor não precisa saber qual é a religião dos alunos, se são judeus, católicos ou muçulmanos. Ao mesmo tempo, temos que lutar pela libertação das nossas mulheres e proteger nossas crianças. O islamismo radical é o nazismo dos nossos dias.

Por que os maiores filósofos do mundo são gregos e alemães? Tanto no caso grego, quanto no alemão, o grande motivo é a proximidade entre religião e filosofia. A filosofia sempre foi a secularização e a laicização de uma religião já existente. A filosofia grega, por exemplo, é uma versão secular e laica da mitologia grega. Da mesma forma, toda a filosofia alemã é uma apresentação racional da teologia protestante de Lutero. Ao afirmar “eu não quero ler a bíblia com a tradução latina”, “eu desconfio daqueles que estão no Vaticano”, Lutero resumiu o grande gesto do protestantismo: a busca pela verdade absoluta. Esse gesto abarca toda a filosofia alemã. Antes da filosofia, os dois povos viveram momentos muito importantes na religião. Você não tem isso nos Estados Unidos, nem na França. Ao contrário do que pensam os franceses, Descartes não é um bom filósofo.


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Amanha postarei uma matéria sobre o francês Luc Ferry, uma entrevista que ele deu que é muito interessante então se liguem aqui no Sociedade vS Luz  até amanha.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Luc Ferry defende os valores do humanismo e da espiritualidade laica

Ex-ministro da Educação de seu país, o filósofo é otimista em relação à globalização

O pensador francês Luc Ferry é um homem otimista. Enquanto o cenário intelectual parece se afundar num mar de queixas sobre o esvaziamento dos valores do mundo contemporâneo e acerca da crise europeia, ele prefere celebrar a boa vida. Para o filósofo, autor de obras como A revolução do amor e Aprender a viver, nunca estivemos em melhor situação: a democracia é um valor universal, as mulheres são respeitadas como nunca antes na história e as conquistas das políticas de seguridade dos países desenvolvidos se tornaram modelo para todo o mundo.

Ex-ministro da Educação da França, entre 2002 e 2004, o filósofo é um dos mais representativos defensores do que chama de humanismo secular, uma filosofia baseada na razão, na ética e na justiça. Uma das decisões mais comentadas de sua gestão foi a proibição do uso de símbolos religiosos nas escolas francesas pelos alunos. E é com a segurança de quem defende ideias humanistas e se tornou um dos mais lidos filósofos contemporâneos, que Luc Ferry participa hoje, em Tiradentes, do Congresso de Inovação e Design da Amide, onde profere a palestra “A estética do prazer e a questão dos critérios da beleza”.

“Assim como a consciência infeliz, tão bem descrita por Hegel, nós temos a tendência de somente perceber na história aquilo que desmorona e morre, e quase nunca percebemos aquilo que surge e ganha vida”, aponta Ferry. Para ele, um dos maiores desafios do nosso tempo é perceber os sinais que mostram que atravessamos novos tempos. “Estamos vivendo o nascimento de uma nova significação, que não é mais aquela de Voltaire e de Kant, dos direitos do homem e da razão, destas luzes que certamente foram portadoras de um vasto projeto de emancipação, mas que conduziram também ao imperialismo e à colonização”, explica. Como reafirma Ferry, trata-se de um humanismo pós-colonial, “um humanismo da transcendência do outro”.

Espiritualidade laica Para explicar seu pensamento, o filósofo convida para o diálogo e pergunta: o que, no mundo de hoje, seria capaz de mobilizar as pessoas? Se, nos séculos passados, a religião e a ideologia política estavam no centro das preocupações, na sociedade contemporânea essa posição é ocupada pelo amor individual real e não pelas abstrações. “Quem, nas novas gerações, gostaria de morrer por Deus, pela pátria ou pelas revoluções?. Ninguém ou quase ninguém”, diagnostica. Para ele, só estamos verdadeiramente dispostos a um engajamento tão radical quando está em jogo outro ser humano, aqueles que amamos.

Luc Ferry também é conhecido por afirmar uma “espiritualidade laica”, uma defesa de grandes valores, mas que não passam necessariamente pelo campo da fé. Para ele, a espiritualidade de nosso tempo deve estar ligada à conquista de uma vida mais plena e realizada entre iguais. “Existem espiritualidades nas quais há deuses, as religiões, e espiritualidade sem Deus, as grandes filosofias. Mas o que nos falta hoje é uma espiritualidade laica, uma concepção da vida boa, uma visão do mundo comum que nós queremos construir juntos”, propõe.

Para quem se acostumou a ver na filosofia uma disciplina preocupada com discussões eruditas e técnicas, Luc Ferry vem respondendo, ao longo de uma obra que já alcança mais de 30 livros, que a grande questão filosófica está relacionada ao melhor caminho para alcançar o conhecimento, a felicidade e a convivência entre os homens. Para ele, viver bem é a melhor resposta que a filosofia pode dar aos grandes dilemas da existência..

Nas Próximas postagens todas vão ser direcionada para o filosofo francês Luc Ferry.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Obras De Luc Ferry

Como postamos sobre o filósofo francês,Luc Ferry no dia 6 de setembro segue abaixo a lista de suas obras.


Obras

1984 - 1985, filosofia política, em 3 volumes, com o terceiro em colaboração com Alain Renaut.
1985, La Pensée 68. Ensaio sobre antihumanisme contemporânea, em colaboração com Alain Renaut.
1985, e sistema crítico, em colaboração.
1988, Heidegger e moderno conjunto.
1990, Homo aestheticus. A invenção do gosto na idade da democracia.
1991, Porque não somos Nietzschean?, Juntos.
1992, A Nova Ordem Ecológica, legendado "A árvore, animais e seres humanos", e preços Médici teste Jean-Jacques Rousseau.
1996, L'Homme-Dieu ou le sens de la vie4, Literary Award para os Direitos Humanos.
1998, A Sabedoria dos Modernos, em colaboração com André Comte-Sponville, preço-THOREL Ernest de l'Académie des Sciences Morales et Politiques.
1998, Le sens du beau.
1999, Filósofo e dezoito anos juntos.
2000, que é o homem?, Em colaboração com Jean-Didier Vincent.
2002, O que é uma vida bem sucedida?
2003, cartas a todos aqueles que amam a escola com Xavier Darcos e Claudie Haigneré.
2004, após o religioso religião com Marcel Gauchet.
2005, Como você pode ser um ministro? Ensaio sobre a governabilidade das democracias.
2006, Aprender a Viver: Tratado de filosofia para uso das jovens gerações. Prêmio Hoje.
2006, superar medos. Filosofia do amor da sabedoria, Éditions Odile Jacob.
2006, Aprender a viver. Cursos em 4 CDs de áudio, edições Frémeaux & Associates.
2007, Família, eu te amo: Política de Privacidade e na idade da globalização, X Editions.
2008, Kant. O trabalho filosófico explicou. Uma lição de 4 CDs de áudio, edições Frémeaux & Associates.
2008, Nietzsche. O trabalho filosófico explicou. Uma lição de 4 CDs de áudio, edições Frémeaux & Associates.
2009, a tentação do cristianismo com Lucien Jerphagnon
2009, Que futuro para a cristandade com Philippe Barbarin.

sábado, 7 de setembro de 2013

Protestos Nesse 7 De Setembro

Manifestantes voltaram às ruas das principais cidades brasileiras neste Sete de Setembro, o que gerou confrontos, principalmente em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, com pessoas sendo dispersadas pela polícia com gases lacrimogêneo e de pimenta.
Manifestações foram convocadas em mais de 100 cidades através das redes sociais, mas foram significativamente menores do que as de junho, quando mais de 1 milhão de pessoas saíram às ruas contra a corrupção e os gastos públicos milionários com os estádios da Copa do Mundo, e por melhores serviços.
"Nós, brasileiros, voltamos às ruas para exigir das autoridades o que reivindicamos em junho: o fim da corrupção e um melhor
estudante brasiliense Ivana Ariel.
Em Brasília, após denunciar a corrupção na classe política diante do Congresso, centenas de manifestantes tentaram romper o cordão policial que protegia o estádio Mané Garrincha, duas horas antes do amistoso entre Brasil e Austrália, sendo dispersados com gás lacrimogêneo.
Os manifestantes corriam em todas as direções nos arredores do estádio, perseguidos pelo Batalhão de Choque e a Polícia Montada. A principal via de acesso ao estádio foi tomada pela fumaça dos gases.
A polícia lançou gás de pimenta contra um grupo de jornalistas - entre eles um fotógrafo da AFP, que precisou de antedimento médico - que protestavam porque um colega havia sido atacado por um cão da polícia.
A polícia voltou a lançar gás lacrimogêneo nas áreas onde os manifestantes continuavam se concentrando em Brasília, e usou jatos d'água para dispersá-los na principal avenida da cidade, a 500 metros do Congresso.
Um total de 39 pessoas foram detidas na capital do país, informou a polícia à imprensa.
Os confrontos entre manifestantes e policiais ganharam força no fim do dia no Rio de Janeiro e em São Paulo, liderados, principalmente, por grupos de mascarados.
No centro de São Paulo, um grupo de manifestantes tentou invadir a Câmara Municipal, e a polícia tentava dispersá-los com gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral, informou um policial militar.
Um manifestante foi ferido no olho, e, com o rosto coberto de sangue, caiu na rua, onde foi socorrido pela polícia.
Os protestos começaram cedo, coincidindo com os desfiles militares que marcam a data.
No Rio de Janeiro, mais de 100 manifestantes invadiram a avenida onde acontecia o desfile. Para dispersá-los, a polícia lançou gás lacrimogêneo perto do público, que incluía famílias com crianças, que correram para se proteger. Treze pessoas ficaram feridas e 27 foram detidas.
"A educação brasileira é uma vergonha, os salários também", reclamava o professor recém-formado Eduardo Marques, 25.
Em Brasília, a presidente Dilma Rousseff participou pela manhã do desfile militar, em carro aberto.
Coincidindo com o fim do evento, 2 mil manifestantes marcharam até o Congresso. Um grupo exibia um "Papuda Móvel" para transportar, simbolicamente, os políticos corruptos para a prisão de segurança máxima da cidade. Outros manifestantes "limparam" os acessos ao parlamento com vassouras.
"Os protestos de junho serviram para pressionar o Congresso a aprovar medidas. Temos que mantê-los vivos", explicou Philip Leite, do movimento estudantil Kizamba.
Em pronunciamento à nação nesta sexta-feira, a presidente Dilma disse que "a população tem todo o direito de se indignar com o que está errado e exigir mudanças".
A popularidade da presidente caiu de 63% para 30% depois dos protestos de junho, mas subiu para 36% no começo de agosto, depois do anúncio de novos investimentos nos serviços públicos, e de sua decisão de promover uma reforma política.
Em outras cidades também houve manifestações, muitas delas pacíficas. Em Cuiabá, Fortaleza e Belo Horizonte, dezenas de pessoas foram detidas.
fonte : http://www.jb.com.br/

7 De Setembro


Sete De Setembro
Blind Pigs

Quando eu era uma criança

Implorava pro meu pai me levar
Pra ver o desfile da independência
Sentia orgulho de ser um mini patriota
Mas agora eu cresci
E vejo mais um motivo idiota


Para mostrar

Armamentos antiquados
Soldados mal treinados
Tanques enferrujados


Sete de setembro

Data tão festiva
Mais uma piada
Dessa terra tão querida


Sete de setembro

Data tão festiva
Mais uma piada
Dessa terra tão querida


Para mostrar

Armamentos antiquados
Soldados mal treinados
Tanques enferrujados


Sete de setembro

Data tão festiva
Mais uma piada
Dessa terra tão querida


Sete de setembro

Data tão festiva
Celebrar a farsa
Dessa terra tão querida


Sete de setembro

Data tão festiva
Mais uma piada
Dessa terra tão querida


Sete de setembro
Data tão festiva
Mais uma piada

Dessa terra tão querida
terra tão querida







sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Luc Ferry


Filho de um processador e fabricante de automóveis desportivos e de uma dona de casa , Luc Ferry tem outros três irmãos .Ele segue o ensino secundário no Liceu Saint-Exupery Mantes e em casa com o CNED .Segue-se então os estudos acima Universidade de Paris IV e na Universidade de Heidelberg  .

Tornou-se professor do ensino secundário em filosofia em 1975  . É especialmente designado para a Escola Normal de Arras 1977-1979 e destacado para CNRS como pesquisador associado 1980-1982 e, em seguida, um conferencista na Universidade de Reims e da Ecole Normale Superieure, o Universidade de Paris X e Paris I . Em 1980, ele obteve um Estado doutorado em Ciência Política na Universidade de Reims 
Ele recebe a agregação de ciência política em 1982 e, assim, tornou-se professor universitário . Ele foi nomeado sucessivamente para o Instituto de Estudos Políticos de Lyon 1982-1988 e professor de filosofia na Universidade de Caen1989-1996 ea Universidade de Paris VII-Denis Diderot em 1996 
Ele chegou à fama com a publicação com Alain Renaut Pensamento 68 (1985), no qual ele critica os pensadores depois de Maio : Pierre Bourdieu , Jacques Lacan , Jacques Derrida e Michel Foucault , .Ele se tornou um colunista do The Express em 1987 .Em 1992, ele publicou A Nova Ordem Ecológica .Em 1994, François Bayrou , o ministro da Educação, nomeado presidente do Conselho Nacional de Curriculum Departamento de Educação , . Serviu até 2002 .

Em janeiro de 1997, ele foi nomeado para a Comissão para reformar a justiça .De 7 de Maio de 2002 a 30 de Março de 2004 , o ministro da Juventude, da Educação Nacional e Pesquisa nos dois primeiros governos de Jean-Pierre Raffarin .

À chegada ao governo, Luc Ferry anuncia medidas centradas em torno da luta contra o analfabetismo . Entre outras coisas: a duplicação de certas classes de CP, escrevendo novos programas centrados em torno da proficiência na língua principal, a novidade da faculdade é a introdução de IDD (rota descoberta) e a introdução de ensinando alternadamente do grau na escola, a aparência da caixa de trabalho pessoal (TPE) e da renovação do CAP  .Ele também anunciou um projeto para descentralizar 100 000 funcionários não docentes da Educação Nacional para as autoridades locais (de conselheiros, psicólogos, assistentes sociais, médicos e técnicos de pessoal "e assessores dos trabalhadores de serviços). O anúncio é indesejável, pois causa muitas preocupações sobre a crescente desigualdade dentro do serviço público. Em maio de 2003, de frente para o movimento contra esta reforma, Luc Ferry renunciar a deslocalização dos médicos escolares, psicólogos e assistentes sociais (apenas a transferência de técnicos e trabalhadores de serviços é mantida) .

Em fevereiro de 2004, Luc Ferry, seguindo as propostas da Comissão Stasi , oferece um texto sobre a laicidade nas escolas e proibir símbolos religiosos visíveis nas escolas , a Assembleia Nacional aprovou, por larga maioria. Ele é vice-presidente do Conselho de análise da empresa criada em Julho de 2004 .

Ele é carregado em Junho de 2006 pelo Presidente da UMP uma "missão de reflexão» sobre o casamento gay e parentalidade gay , a missão, ele decide parar alguns meses mais tardeDesde julho de 2007, ele foi membro do Comité para a modernização e consolidação das instituições criada pelo presidente Nicolas Sarkozy .Em 2009, ele foi nomeado membro do Comitê Consultivo Nacional de Ética para Nicolas Sarkozy  O ex-colunista do evento de quinta-feira , o Expresso , o Ponto e bimestrais econômicas Desafios Membro do comitê de prospectiva Vivendi UniversalEx-membro do Conselho Económico e Social , como membro do grupo de indivíduos qualificados e membros da Secção de Relações Externas .

Convidado de Grand Journal em Canal + em 30 de Maio de 2011 , Luc Ferry acusado, sem nomear um ex-ministro de ter relações pedófilos em Marrakech , alegando que para manter os seus testemunhos "de autoridades do estado ao mais alto nível" . Ele foi ouvido pela Brigada de Protecção de Menores em 3 junho 2011 , assim como seu antecessor, o Departamento de Educação, Jack Lang , ouvi em novembro de 2012 como testemunha e declarou que eles não têm conhecimento nada . Acontece que ele era apenas um rumor, eo caso está encerrado sem mais fim em 2012 .

Em junho de 2011, Le Canard acorrentado e outros meios de comunicação , argumentam que Luc Ferry, professor da Universidade Paris-Diderot  , não há garantias de educação para 14 anos e que n "Há quase nunca presente: além dos períodos de funções ministeriais, onde foi destacado e pago como ministro, ele tem sido fornecidas a pedido , a educação e disponível para executar várias oficial . Em 2010, com a autonomia financeira , a universidade pediu-lhe para cumprir o seu serviço docente legais que vale a pena, não, por isso a universidade está reivindicando o reembolso de taxas (cerca de 4500 euros por mês, a mesma fonte) ou para garantir que essas lições.
Por sua parte, Luc Ferry, que vê as conseqüências de suas declarações no Grand Journal, diz que ele é destacado de ensino superior e, na ausência de acordo entre Matignon e da Universidade de Paris VII Este último apoia o Presidente tratamento de Conselho de análise da sociedade , a comissão ligada ao primeiro-ministro . Ele decidiu se aposentar do ensino no final do ano letivo em 2011 .
Literatura e pensei Luc Ferry são criticados em particular pelo filósofo Jacques Bouveresse , o filósofo Dominique Lecourt , eo pensador trotskista Jean-François Raguet