domingo, 28 de dezembro de 2014

MATÉRIA SURPRESA: O Sínodo da hierarquia maçônica, infiltrada na Igreja: Bispos a serviço do diabo



“Ninguém no mundo pode mudar a verdade. O que podemos e devemos fazer é buscar a verdade, servindo a Deus. O verdadeiro conflito é o conflito interno. Além dos exércitos de ocupação e das hecatombes dos campos de extermínio, dois inimigos irreconciliáveis ??na profundidade de cada alma: o bem e o mal, o amor e o pecado. (Maximiliano Maria Kolbe “O Cavaleiro da Imaculada” – dezembro de 1940).

O próximo Sínodo não pode mudar a verdade, porque a verdade é Cristo. (eles podem mudar a falsa verdade que se encontra no coração deles mesmos)

É o que ele quer fazer Kasper (o cardeal alemão que vem sendo chamado o teólogo do papa).

O Cardel Kasper, que é modernista, típico de um Maçon, e como todo modernista, um ateu. O Cardeal em seus livros não acredita em Cristo como Deus, nem nos seus milagres e diz que os Evangelhos são livros históricos, escritos pelas primeiras comunidades cristãs da história.

Ele declarou…


“Sobre a verdade, depende do que chamam de verdade, a igreja católica não é um sistema fechado, mas aberto a possíveis desenvolvimentos”



A resposta para o Cardeal Kasper é a frase de Jesus a Pilatos: “Perguntou-lhe então Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz”. (João 18, 37-38).


Kasper sabe o que é a verdade, porque ele sabe toda a teologia, mas afirma: A verdade não é absoluta, mas relativa. Não existe uma única verdade, fechado em si. Você pode descobrir muitas verdades. Mantenha a mente aberta a todas as possibilidades oferecidas pelo desenvolvimento da verdade.

Para o Cardeal Kasper, Cristo não é a verdade.

Para os Santos, Cristo é a verdade e, portanto, ninguém no mundo, ninguém no Sínodo, pode mudar Verdade.

Este é Kasper! Este é Bergoglio! Portanto, há muitos padres que ensinam a mesma coisa! Por quê? Eles não procuram a verdade e servir a única Verdade, Cristo.

Mas eles não podem ficar na verdade. Eles não podem contar com uma verdade imutável. E eles podem fazer só por seu orgulho, o que os impede de ver a verdade, ouvir a voz de Cristo em seus corações.

O verdadeiro conflito no Sínodo é o conflito interno em cada membro da hierarquia. Se os bispos, cardeais, vão ter sua arrogância nesse Sínodo, então eles não vão ver o inimigo de suas almas, esse inimigo que vive em cada alma, o pecado original, e que a batalha bem contra a verdade.

E eles vão travar o Sínodo com aquela Hierarquia do orgulhoso, que faz com que seus ministérios cancelamento de toda a verdade. Hierarquia incapaz de lutar pela verdade, porque o inimigo de suas almas, derrotou seu coração, com mentiras e com o erro.

É o Sínodo da hierarquia maçônica, infiltrado na Igreja: padres, bispos, cardeais maçons trabalhando para a idéia maçônica.

Naquele último Concilio (1961) juntaram-se com todo tipo de hereges a falsos mestres, muitos outros e que eles foram enganados na linguagem de paz e fraternidade.

No Concilio entrou na igreja muitos erros, tornando a Igreja voltada para o homem, uma igreja sem o verdadeiro fundamento, sem verdade. Tudo é o jogo da linguagem humana, que é ambígua em todos os quatro lados.

E quem abriu a porta para todos os erros não foram os Papas, mas todos esses rebeldes, orgulhosos, desobedientes, que são os Bispos. Sim, muitos Bispos maçons infiltrados, que fizeram o Concilio, o jogo do diabo.

“Satanás se sentou em dentro deste Concilio, e ele viu sua vantagem. Ele agora joga xadrez com os chapéus vermelhos e os chapéus de roxo, movendo-se com grande alegria como ele vê o mal acelerar, e todos os tipos de pessoas estão fluindo rapidamente pelos portões da Cidade Santa e todos os organismos ecumênicos » (Veronica Lueken em Bayside – San Miguel, 18 mar 1976 )




No Concílio Vaticano II, houve uma luta entre cardeais e bispos, que se infiltraram entre hierarquia e verdadeiro. Ele ganhou o infiltrado. Sim, ele poderia se infiltrar impor valores morais em seus outros, outros mandamentos, que é a criação de Satanás.

E muitos não entendem o jogo do diabo e começaram a atacar os Papas. E ninguém se preocupou em atacar os verdadeiros culpados: Bispos e Cardeais que juntamente com os hereges, contaminaram a verdadeira hierarquia no Concilio.

Sobre a comunhão na mão? O trabalho de bispos rebeldes que fizeram o impossível para que o Papa assinasse um documento que permitia isso. E o Papa não podia recusar. Isto é o que muitos não entendem. E é muito fácil de entender.

Isto é o que fez todos os papas desde o Concílio Vaticano II: eles viram heresia, cisma, apostasia de muitos bispos e sacerdotes, e não puderam fazer quase nada.
A Igreja, tal como o conhecíamos antes do Concilio, não existe mais. E Roma não pode fazer nada sobre isso. . Devemos deixá-los com todos os seus pecados, fazer uma outra igreja?

Com o Papa João Paulo II, você ainda podia governar para DEUS. Ele foi valente até o fim. Mas Bento XVI sucumbiu à força dos rebeldes. E esses rebeldes estão agora com Bergoglio. (Francisco)

Por isso, o Sínodo é totalmente diferente do que aconteceu no Concilio. Depois do Concílio. Houve muitos erros, mas não foi culpa dos Papas.

Satanás tem colocado seus agentes, os bispos, os cardeais, os seus sacerdotes dentro da Igreja.

Por isto, hoje temos um Bergoglio: Ele batalhou para subir posições na Igreja, até onde ele queria: o Trono de Pedro.



Todos na Igreja tem sua culpa. Se você quiser julgar alguém, olhe para os sacerdotes, bispos, cardeais em torno Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI. E começando com os próprios bispos, que queriam mais independência na gestão das suas dioceses, isto foi dado gradualmente pelo Vaticano.

Você não sabe como é a hierarquia em sua estrutura interna: só dedicada a atender o direito canônico. E todas essas leis impõem-se para trabalhar em suas dioceses. Mas ninguém se importa com a Lei da Graça a mais importante e necessária

Qual Bispo atualmente está realmente interessado na vida espiritual dos sacerdotes? Quase nenhum.

Todos são obrigados a vida humana, para fazer as pessoas felizes. Os Sacerdotes tem que pensar como o Bispo pensa. E se você não seguir o jogo, se você não gosta de algo, o sacerdote deve encontrar uma outra diocese para continuar trabalhando. Não há vida espiritual em qualquer diocese da Igreja. A maioria dos bispos está contaminada com o humanismo, que é o idioma preferido de Bergoglio. Eles não pregam mais sobre o inferno, o pecado, o purgatório, cruz, o sofrimento, a penitência …! Se você pregar isso, você vai ser chutado para fora da diocese. Você deve ir apenas ao encontro social das pessoas,  você tem que tocar músicas, falar em direitos humanos, injustiças sociais …
Então, qual é o próximo Sínodo? As reuniões muitos Bispos totalmente contrárias ao dogma, a Cristo e à Igreja. Eles são os únicos responsáveis ??por erguer a nova igreja fundada por Bergoglio, no Vaticano. Não haverá sequer a oposição que existia no Concílio Vaticano II.

Bergoglio e Kasper são aqueles que negam tudo: todos os dogmas e todas as peças de dogmas: isto é o que está vindo à doutrina católica em teologia, mesmo a verdadeira teologia. Para eles, nada é certo na teologia. Tudo é relativismo. Eles não só negam o que a fé divina e católica, mas tudo o mais que vem de um dogma.


Mas já o Cardeal Muller, mesmo em seu pensamento herético, não vê a necessidade de dar a comunhão a mal casados. Mas isso não significa que ele parou e negar a Ressurreição, o pecado, a Imaculada, etc… Ele é um herege obstinado, mas não é perfeito em heresia. Ele não nega todas as verdades.

Esta é uma outra armadilha. A dupla vida espiritual que o Cardeal Muller mostra. E essa vida dupla é muito Hierarquia do Sínodo. Defende que os mal casados ??não podem comungar, mas anulou a divindade de Jesus Cristo. Este é o mal da hierarquia maçônica. Este é o mal do Sínodo.

Neste momento, todos tiveram tempo para ver o mal em Roma. E não há desculpa para ninguém. Deus deu a luz para o mundo todo. E agora começa o tempo da Justiça. Agora, eles têm de deixar Roma, sair. Mas aqueles que decidiram ficar com Bergoglio, não há misericórdia para eles, porque o chefe da apostasia foi consolidada pelo demônio tem sido aceita pela Igreja.

E assim, a nova igreja maçônica no Vaticano não poderá salvar-se; se precisa sair dela. É a igreja do diabo, que está sentenciada, e apenas se juntar a ela,  é obedecer a cabeça apóstata, fazer o que eles dizem.

O Sinodo vai criar discórdia, desafetos, desunião. Quem aceita é condenado, porque ele vai aceitar uma mentira como verdade. Portanto, ele vai ser cego para a verdade e totalmente perder a fé. Muitos que são bispos condenaram a si mesmos, que são maçons, são lobos em pele de cordeiro, para matar a vida espiritual das almas e dar-lhes para o diabo.

Em 1998, o falecido Padre Malachi Martin disse em “The Art Bell Show” que no início de Fevereiro de 1960, quando ele era Secretário do Cardeal Bea, teve a oportunidade de ler o Terceiro Segredo de Fátima, que, em seu programa , foi escrito em uma única folha de papel.

No programa, uma ouvinte interveio: “um padre jesuíta disse-me mais sobre o terceiro segredo de Fátima, anos atrás, em Perth (Austrália). Ele me disse, entre outras coisas, o último papa estaria sob o controle de Satanás, mas fomos interrompidos antes que pudéssemos ouvir o resto. Qual o comentário sobre isso, padre? ”

O padre respondeu: “Sim, como o texto do terceiro segredo de Fátima. Parece autêntico. Faz-me hesitante, mas parece ser parte também deste segredo»

Fonte: Lumem Mariae  -  Enviado pelo amigo Frei Mendonça – Madrid – Espanha



Se um padre ou bispo, embora revestido do caráter sacerdotal, se comporta como um representante de satanás, logo é nossa obrigação atacá-lo e combatê-lo como faríamos a um verdadeiro demônio.

A maior misericórdia que podemos ter para com esses maus padres e maus bispos éajudar-lhes a se decidirem de uma vez e abertamente entre a santidade ou a apostasia. (servir a Deus ou ao homem)

Para se respeitar os lobos não é necessário prestar obediência cega e esse exemplo Santa Catarina nos deu!

O que os Santos nos ensinaram, podemos passar o dia inteiro dando exemplos é que, por caridade é possível atacar qualquer membro do Clero! Claro, para o bem dos fiéis!

Se o Bispo da sua cidade defender o aborto toda a reverencia deve ser deixada de lado. O Cardeal Kasper está privado de reverência, afinal ele é contra a Igreja.

O que é inadmissível é obedecer demônios só pelo cargo que eles ocupam!

“Nunca Deus é tão ofendido como e quando os que O ultrajam estão revestidos da dignidade sacerdotal!” (São João Crisóstomo)

A mensagem de Cristo sempre foi radical, a começar pelo seu objetivismo:

Mt 5,37: “Dizei somente: Sim, se é sim; não, se é não. Tudo o que passa além disto vem do Maligno.”

Não há meio termo para Deus em relação ao pecado. O homem do “meio-termo” será destruído:

Ap 3, 15-16: “Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te.”

Portanto, não se deve conciliar o bem e o mal. O bem e o mal são inconciliáveis. São como água e óleo: não se misturam.

Os fanáticos cegos insistem em sempre repetir as mesmas 3 táticas bem conhecidas de todos nós, são elas:

1) Tapar o sol com a peneira;

2) Esconder as sujeiras para debaixo do tapete;

3) Fazer vistas grossas aos atos de apostasia do clero da Igreja



Sobre este Sinodo da Familia…lembrem-se

Uma vez casado e consumado, casado para sempre.

Matrimnio é sacramento e é para vocacionados. Não culpemos a Igreja pelos nossos erros de escolha e até de não conseguirmos manter este sacramento até a o fim, caso aconteça.


Se a Igreja autorizasse a dissolução do Matrimônio ao gosto modernista estaria indo diretamente contra as palavras de Cristo, e se algum dia a Igreja for contra Jesus, deixará de ser Igreja.

Roma já deu um parecer sobre esse tema, não há nada a ser debatido nem questionado:

“Esta Congregação considera pois sue dever reafirmar a doutrina e a disciplina da Igreja nesta matéria. Por fidelidade à palavra de Jesus Cristo(5), a Igreja sustenta que não pode reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro Matrimónio foi válido. Se os divorciados se casam civilmente, ficam numa situação objectivamente contrária à lei de Deus. Por isso, não podem aproximar-se da comunhão eucarística, enquanto persiste tal situação”

Então para comungar sempre, a solução é esta: Está casado(a)? Então não se separe! Está separado(a)? Não procure outra pessoa para se relacionar sexualmente. A vida é feita de escolhas. Não é possível escolher Cristo e o diabo ao mesmo tempo. Por diabo aqui, se entende a relação extra-conjugal. E se ela acontece, não se pode comungar. Simples assim.



FONTE: http://fimdostempos.net/hierarquia-maconica-infiltrada-igreja-bispos.html 


Última matéria do blogger em 2014, desejamos a todos boas festas de fim de ano. E que venha 2015 com muitas novidades e muitas matérias.

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sábado, 27 de setembro de 2014

APOSTASIA: Francisco demolindo a Igreja de Cristo... Papa Francisco destitui Dom Rogelio Livieres, bispo de Ciudad del Este.

Destituído o bispo que combatia arduamente a Teologia da Libertação e, por isso, incomodava seus pares. A diocese onde abundavam as vocações e aflorava a piedade cai diante do establishment modernista latino-americano, capitaneado pelo próprio bispo de Roma — o que não deveria ser surpresa para ninguém, pois, pelo histórico de desavenças, a Visitação Apostólica desde sempre pareceu um jogo de cartas marcadas.



Pontificado politicamente correto até nos comunicados. Para a Sala de Imprensa, o Papa realizou pura e simplesmente uma sucessão. Os maníacos da colegialidade não gostam (isso contraria seus princípios dialogantes, mas, evidentemente, contraditórios) de falar o que realmente aconteceu: Dom Livieres foi defenestrado, destituído sumariamente, em um ato digno de ser imputado (ah, como eles gostam de fazer isso!) àquelas autoridades, digamos… pré-conciliares. O fato é que, para defender seus interesses, os progressistas não se importam com a coerência e nem em voltar no tempo. O único ato intolerável na Igreja Pós-Conciliar é buscar ser verdadeiramente Católico.



Nota da Sala de Imprensa da Santa Sé – Sobre a sucessão do bispo de Ciudad del Este (Paraguai), Sua Excelência Reverendíssima Rolegio Ricardo Livieres PLano
Tradução: Fratres in Unum.com – Depois de um cuidadoso exame das conclusões das visitas apostólicas realizadas pela Congregação para os Bispos e pela Congregação para o Clero ao bispo, diocese e seminários de Ciudad del Este, o Santo Padre procedeu à sucessão de S.E. Rogelio Ricardo Livieres Plano, nomeando Administrador Apostólico da mesma sede, agora vacante, S.E. Mons. Ricardo Jorge Valenzuela Ríos, Bispo de Villarica do Espírito Santo.
A árdua decisão da Santa Sé, determinada por sérias razões pastorais, obedece ao bem maior da unidade da Igreja de Ciudad del Este e da comunhão episcopal no Paraguai.
O Santo Padre, no exercício de seu ministério de “fundamento perpétuo e visível da unidade tanto dos bispos como da multidão dos fiéis” (LG 23) pede ao clero e a todo o povo de Deus de Ciudad del Este que acolha a decisão da Santa Sé com espírito de obediência, docilidade e sem desavenças, guiados pela fé.
Por outro lado, convida a toda a Igreja do Paraguai, guiada por seus pastores, a um sério processo de reconciliação e superação de todo sectarismo e discórdia, para não ferir o rosto da única Igreja “adquirida pelo sangue de seu filho” e para que o “rebanho de Cristo” não se veja privado da alegria do Evangelho (cf. Hch 20, 28).




Dom Livieres se negou a renunciar e não pôde falar com Francisco.

Comunicado de Imprensa da Diocese de Ciudad del Este.
Tradução: Alexandre Semedo – Fratres in Unum.com: Mons. Rogelio Livieres Plano manteve duas reuniões realizadas esta semana em Roma, na Congregação para os Bispos, onde se lhe foi pedido fortemente que renunciasse a seu cargo pela falta de unidade na comunhão com os outros Bispos do Paraguai.
Apesar de ter pedido para ver os resultados da visita apostólica escrita, eles nunca lhe foram mostrados. Nem foi concedido o seu pedido para ser ouvido pelo Papa e para falar com ele no intuito de se defender e de esclarecer eventuais dúvidas.
Por respeito à sua consciência para os deveres que lhe tocam como pastor de uma diocese que, graças a Deus, floresceu e multiplicou seus frutos nos últimos anos, recusou a aceitar tal solicitação, que acredita infundada, e que é o resultado de um processo repentino e indefinido. No entanto, pela obediência à autoridade do Papa, aceitou com serenidade e tranquilidade a decisão a ser afastado do cargo.
A pedido do bispo que se retira, a diocese de Ciudad del Este aguarda com alegria e esperança seu novo Pastor, que a guiará ao Reino dos Céus, rezando desde já por quem deva assumir esta responsabilidade. Maria, Rainha da Paz e São Brás, padroeiro da Diocese, protejam e guiem a todos nestas circunstâncias difíceis. Quando o Bispo for devidamente notificado por escrito as decisões tomadas terão efeitos legais.
“Papa deverá prestar contas a Deus, não a mim. O mérito da causa nada mais foi do que uma oposição e perseguição ideológica. Eu e o povo fomos ignorados”.
Agradecimentos ao caro Alexandre Semedo por, novamente, fornecer sua tradução ao Fratres in Unum.com – destaques nossos.
Cardenal Marc Ouellet
Prefeito da Congregação para os Bispos
Palazzo della Congregazioni,
Piazza Pio XII, 10,
00193 Roma, Italia
25 de setembro de 2014



Eminência:


Obrigado pelo carinho com que me recebeu na segunda-feira, dia 22, e na terça-feira, dia 23 deste mês, na Congregação que o senhor preside. Da mesma forma, a comunicação por telefone, que me fez há pouco, da decisão do Papa de declarar a Diocese de Ciudad del Este vacante e de nomear Mons. Ricardo Valenzuela como Administrador Apostólico.

Tenho entendido que o Núncio, quase simultaneamente com o anúncio de que Sua Eminência acaba de me dar, fez uma conferência para a imprensa no Paraguai e agora vai à Diocese para assumir o controle imediato dela. O anúncio público pelo Núncio antes de que eu mesmo fosse notificado, por escrito, do decreto é uma irregularidade a mais neste processo anômalo. A intervenção fulminante na Diocese talvez se deva ao medo de que a maioria das pessoas fiéis reajam negativamente à decisão tomada, já que manifestaram abertamente seu apoio a mim e à minha gestão durante Visita Apostólica. A este respeito, lembre-se das palavras de despedida do Cardeal Santos y Abril: “Espero que recebam as decisões de Roma, com a mesma abertura e docilidade com que receberam a mim.” Isto indicava que o curso da ação foi decidido antes dos relatórios finais e do exame do Santo Padre? Em qualquer caso, não há que se temer rebeldia alguma. Os fiéis foram formados na disciplina da Igreja e sabem como obedecer às autoridades legítimas.
As conversas que tivemos, aparentemente (porque eu não vi os documentos oficiais), dão como justificativas para uma tão grave decisão uma tensão na comunhão eclesial entre os bispos do Paraguai, a minha pessoa e a Diocese: “Nós não estamos em comunhão”, o Núncio havia declarado em sua conferência.
Da minha parte, penso ter mostrado que ataques e manobras destituintes de que fui objeto se iniciaram desde a minha nomeação como bispo, antes mesmo que pudesse pôr o pé na Diocese – há correspondência daquela época entre os bispos do Paraguai com o Departamento de que Sua Eminência preside como prova irrefutável. O meu caso não foi o único em que uma Conferência Episcopal se opôs sistematicamente a uma nomeação feita pelo Papa contra a sua opinião. Eu tive a graça de que, no meu caso, os Papas São João Paulo II e Bento XVI apoiaram-me a seguir adiante. Eu entendo agora que o Papa Francisco decidiu retirar esse apoio.
Eu só quero enfatizar que em nenhum momento recebi um relatório escrito sobre a Visita Apostólica e, portanto, eu não pude responder corretamente a ele. Apesar de muita conversa sobre diálogo, compaixão, abertura, descentralização e respeito pela autoridade das Igrejas locais, eu sequer tive a chance de falar com o Papa Francisco, mesmo para esclarecer quaisquer dúvidas ou preocupações. Por isso, não pude receber qualquer correção paterna – ou fraterna, como o senhor preferir. Sem recorrer a queixas inúteis, tal proceder sem formalidades, de forma indefinida e súbita, não me parece muito justo, nem permite uma defesa legítima, ou a correção apropriada de possíveis erros. Tudo o que recebi foram pressões orais para me demitir.
Que meus adversários e a mídia local recentemente tenham relatado nos meios de comunicação, não o que aconteceu, mas o que estava prestes a acontecer, mesmo nos menores detalhes, certamente é outro indicador de que alguns altos funcionários do Vaticano, o Núncio Apostólico e alguns bispos do país estavam manobrando de forma orquestrada com vazamentos irresponsáveis para orientar o curso de ação e da opinião pública.
Como filho obediente da Igreja, eu aceito, no entanto, esta decisão, por mais que a considere infundada e arbitrária e pela qual o Papa vai dar contas a Deus e não a mim. Além dos muitos erros humanos que tenha cometido, e pelos quais desde já peço perdão a Deus e àqueles que sofreram por isso, eu digo novamente para quem quiser ouvir que o mérito da causa nada mais foi do que uma oposição e perseguição ideológica.
A verdadeira unidade da Igreja é a que é construída a partir da Eucaristia e do respeito, da observância e da obediência à fé da Igreja, ensinada normativamente pelo Magistério, articulada na disciplina da igreja e vivida na liturgia. Agora, no entanto, visa-se impor uma unidade baseada não na lei divina, mas em acordos humanos e na manutenção do status quo. E, no Paraguai, baseada concretamente na má formação de um único Seminário Nacional – deficiências que não foram identificadas por mim, mas com autoridade pela Congregação para a Educação Católica, em uma carta aos bispos de 2008. Por outro lado, sem criticar o que fazem os outros Bispos, embora haja uma abundância de material para tanto, eu me foquei em estabelecer um seminário diocesano de acordo com as regras da Igreja. Eu o fiz não só porque eu tenho o dever e o direito de fazê-lo pelas as leis gerais da Igreja, mas com a aprovação específica da Santa Sé, de forma inequívoca ratificado durante a última visita ad limina de 2008.
Nosso seminário diocesano tem dado excelentes resultados, reconhecidos por cartas elogiosas recentes da Santa Sé, em pelo menos três ocasiões durante o pontificado anterior, pelos Bispos que nos visitaram e, em última instância, pelos Visitadores Apostólicos. Todas as sugestões feitas pela Santa Sé relativas a melhorias sobre a forma de conduzir o seminário foram fielmente cumpridas.
O outro critério de unidade eclesiástica é a coexistência acrítica entre nós com base na uniformidade de pensamento e ação, o que exclui a dissidência em defesa da verdade e da legítima variedade de dons e carismas. A esta uniformidade ideológica é imposta pelo eufemismo de “colegialidade”.
Aquele que sofre as conseqüências últimas daquilo que eu descrevo é o povo fiel, uma vez que as Igrejas particulares permanecem em estado de letargia, com grande êxodo para outras denominações, quase sem vocações sacerdotais e religiosas, e com pouca esperança de um dinamismo real e crescimento duradouro.
O verdadeiro problema da Igreja no Paraguai é a crise de fé e de vida moral que a má formação do clero foi perpetuando, juntamente com a negligência dos pastores. Lugo é apenas um sinal dos tempos desta problemática redução da vida de fé às ideologias da moda e ao relaxamento cúmplice da vida e da disciplina do clero. Como eu disse, não me foi dado conhecer o relatório do Cardeal Santos y Abril sobre a Visita Apostólica. Mas se sua opinião for a de que o problema da Igreja no Paraguai é um problema de sacristia, que se resolve trocando o sacristão, estará trágica e profundamente equivocado.
A oposição a toda renovação e mudança na Igreja no Paraguai conta não apenas com os bispos, mas também com o apoio de grupos políticos e associações anti-católicas, e, ainda, com o apoio de alguns religiosos da Conferência dos Religiosos do Paraguai –os que conhecem a crise de vida religiosa em âmbito mundial não se surpreendem com isto. O porta-voz mentiroso e pago para essas manobras repetidamente tem sido sempre um certo Javier Miranda. Tudo isso foi feito com a intenção de mostrar uma “divisão” dentro da Igreja diocesana. Embora a verdade demonstrada e comprovada seja a ampla aceitação entre os leigos do trabalho que estávamos fazendo.
Assim como eu, antes de aceitar a minha nomeação como Bispo, acreditava firmemente na obrigação de expressar o meu sentimento de incapaciade ante tamanha responsabilidade, depois de ter aceitado este cargo com todo o peso da autoridade divina e com os direitos e deveres que me assitem, sempre mantive a grave responsabilidade moral de obedecer antes a Deus do que aos homens. Por isto, eu me recusei a renunciar por iniciativa própria desejando testemunhar até o fim a verdade e a liberdade espiritual que um pastor deve ter. Tarefa que espero continuar em minha nova situação na Igreja.
A diocese de Ciudad del Este é um caso a considerar, que fez crescer e multiplicar seus frutos em todos os aspectos da vida eclesial, para a felicidade das pessoas fiéis e devotas, que procuram as fontes da fé e da vida espiritual, e não ideologias politizadas e crenças diluídas, que se encaixam nas opiniões dominantes. Essas pessoas aberta e publicamente manifestaram seu apoio ao trabalho apostólico que vínhamos fazendo. Eu e o povo fomos ignorados.


Seu afetuosamente em Cristo,
+ Rogelio Livieres
Ex-bispo de Ciudad del Este (Paraguay)





















quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Deus não esta morto



Quando o jovem Josh Wheaton (Shane Harper) entra na universidade, ele conhece um arrogante professor de filosofia (Kevin Sorbo) que não acredita em Deus. O aluno reafirma sua fé, e é desafiado pelo professor a comprovar a existência de Deus. Começa uma batalha entre os dois homens, que estão dispostos a tudo para justificar o seu ponto de vista - até se afastar das pessoas mais importantes para eles.

Esse filme é uma indicação,pra você assistir, e tirar suas conclusões. Eu fui convidado a assistir esse filme, desde que eu vi a sinopse eu sabia que tinha que assistir, pois bem esse filme pode trazer novas direções pra você, novas reflexões e tudo mais. espero que assistam e depois falem o que acharam do filme, pra que agente possa discutir em relação ao filme.  

sábado, 9 de agosto de 2014

Quem escreveu a Bíblia?A história de Deus foi escrita pelos homens. Mas quem é o autor do livro mais influente de todos os tempos? As respostas são surpreendentes - e vão mudar sua maneira de ver as Escrituras

Em algum lugar do Oriente Médio, por volta do século 10 a.C., uma pessoa decidiu escrever um livro. Pegou uma pena, nanquim e folhas de papiro (uma planta importada do Egito) e começou a contar uma história mágica, diferente de tudo o que já havia sido escrito. Era tão forte, mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os 1 000 anos seguintes, outras pessoas continuariam reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a se tornar o maior best seller de todos os tempos: a Bíblia. Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos do judaísmo e do cristianismo, influenciou o surgimento do islã, mudou a história da arte – sem a Bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da Vinci – e nos legou noções básicas da vida moderna, como os direitos humanos e o livre-arbítrio. Mas quem escreveu, afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu? Quem eram e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo, e quem ditou a voz e o estilo de Deus? O que está na Bíblia deve ser levado ao pé da letra, o que até hoje provoca conflitos armados? A resposta tradicional você já conhece: segundo a tradição judaico-cristã, o autor da Bíblia é o próprio Todo-Poderoso. E ponto final. Mas a verdade é um pouco mais complexa que isso.
A própria Igreja admite que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos humanas. A palavra do Senhor é sagrada, mas foi escrita por reles mortais. Como não sobraram vestígios nem evidências concretas da maioria deles, a chave para encontrá-los está na própria Bíblia. Mas ela não é um simples livro: imagine as Escrituras como uma biblioteca inteira, que guarda textos montados pelo tempo, pela história e pela fé. Aliás, o termo “Bíblia”, que usamos no singular, vem do plural grego ta biblia ta hagia – “os livros sagrados”. A tradição religiosa sempre sustentou que cada livro bíblico foi escrito por um autor claramente identificável. Os 5 primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.C. Os Salmos seriam obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel, e assim por diante. Hoje, a maioria dos estudiosos acredita que os livros sagrados foram um trabalho coletivo. E há uma boa explicação para isso.
As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã, que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus. Mas descobertas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo, Canaã não foi um Estado, mas uma terra sem fronteiras habitada por diversos povos – os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. Por isso, sua cultura e seus escritos foram fortemente influenciadas por vizinhos como os cananeus, que viviam ali desde o ano 5000 a.C. E eles não foram os únicos a influenciar as histórias do livro sagrado.
As raízes da árvore bíblica também remontam aos sumérios, antigos habitantes do atual Iraque, que no 3o milênio a.C. escreveram a Epopéia de Gilgamesh. Essa história, protagonizada pelo semideus Gilgamesh, menciona uma enchente que devasta o mundo (e da qual algumas pessoas se salvam construindo um barco). Notou semelhanças com a Bíblia e seus textos sobre o dilúvio, a arca de Noé, o fato de Cristo ser humano e divino ao mesmo tempo? Não é mera coincidência. “A Bíblia era uma obra aberta, com influências de muitas culturas”, afirma o especialista em história antiga Anderson Zalewsky Vargas, da UFRGS.
Foi entre os séculos 10 e 9 a.C. que os escritores hebreus começaram a colocar essa sopa multicultural no papel. Isso aconteceu após o reinado de Davi, que teria unificado as tribos hebraicas num pequeno e frágil reino por volta do ano 1000 a.C. A primeira versão das Escrituras foi redigida nessa época e corresponde à maior parte do que hoje são o Gênesis e o Êxodo. Nesses livros, o tema principal é a relação passional (e às vezes conflituosa) entre Deus e os homens. Só que, logo no começo da Beeblia, já existiu uma divergência sobre o papel do homem e do Senhor na história toda. Isso porque o personagem principal, Deus, é tratado por dois nomes diferentes.
Em alguns trechos ele é chamado pelo nome próprio, Yahweh – traduzido em português como Javé ou Jeová. É um tratamento informal, como se o autor fosse íntimo de Deus. Em outros pontos, o Todo-Poderoso é chamado de Elohim, um título respeitoso e distante (que pode ser traduzido simplesmente como “Deus”). Como se explica isso? Para os fundamentalistas, não tem conversa: Moisés escreveu tudo sozinho e usou os dois nomes simplesmente porque quis. Só que um trecho desse texto narra a morte do próprio Moisés. Isso indica que ele não é o único autor. Os historiadores e a maioria dos religiosos aceitam outra teoria: esses textos tiveram pelo menos outros dois editores.
Acredita-se que os trechos que falam de Javé sejam os mais antigos, escritos numa época em que a religiosidade era menos formal. Eles contêm uma passagem reveladora: antes da criação do mundo, “Yahweh não derramara chuva sobre a terra, e nem havia homem para lavrar o solo”. Essa frase, “não havia homem para lavrar o solo”, indica que, na primeira versão da Bíblia, o homem não era apenas mais uma criação de Deus – ele desempenha um papel ativo e fundamental na história toda. “Nesse relato, o homem é co-criador do mundo”, diz o teólogo Humberto Gonçalves, do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos, no Rio Grande do Sul.
Pelo nome que usa para se referir a Deus (Javé), o autor desses trechos foi apelidado de Javista. Já o outro autor, que teria vivido por volta de 850 a.C., é apelidado de Eloísta. Mais sisudo e religioso, ele compôs uma narrativa bastante diferente. Ao contrário do Deus-Javé, que fez o mundo num único dia, o Deus-Elohim levou 6 (e descansou no 7o). Nessa história, a criação é um ato exclusivo de Deus, e o homem surge apenas no 6o dia, junto aos animais.
Tempos mais tarde, os dois relatos foram misturados por editores anônimos – e a narrativa do Eloísta, mais comportada, foi parar no início das Escrituras. Começando por aquela frase incrivelmente simples e poderosa, notória até entre quem nunca leu a Bíblia: “E, no início, Deus criou o céu e a terra...”
Em 589 a.C., Jerusalém foi arrasada pelos babilônios, e grande parte da população foi aprisionada e levada para o atual Iraque. Décadas depois, os hebreus foram libertados por Ciro, senhor do Império Persa – um conquistador “esclarecido”, que tinha tolerância religiosa. Aos poucos, os hebreus retornaram a Canaã – mas com sua fé transformada. Agora os sacerdotes judaicos rejeitavam o politeísmo e diziam que Javé era o único e absoluto deus do Universo. “O monoteísmo pode ter surgido pelo contato com os persas – a religião deles, o masdeísmo, pregava a existência de um deus bondoso, Ahura Mazda, em constante combate contra um deus maligno, Arimã. Essa noção se reflete até na idéia cristã de um combate entre Deus e o Diabo”, afirma Zalewsky, da UFRGS.
A versão final do Pentateuco surgiu por volta de 389 a.C. Nessa época, um religioso chamado Esdras liderou um grupo de sacerdotes que mudaram radicalmente o judaísmo – a começar por suas escrituras. Eles editaram os livros anteriores e escreveram a maior parte dos livros Deuteronômio, Números, Levítico e também um dos pontos altos da Bíblia: os 10 Mandamentos. Além de afirmar o monoteísmo sem sombra de dúvidas (“amarás a Deus acima de todas as coisas” é o primeiro mandamento), a reforma conduzida por Esdras impunha leis religiosas bem rígidas, como a proibição do casamento entre hebreus e não-hebreus. Algumas das leis encontradas no Levítico se assemelham à ética moderna dos direitos humanos: “Se um estrangeiro vier morar convosco, não o maltrates. Ama-o como se fosse um de vós”.
Outras passagens, no entanto, descrevem um Senhor belicoso, vingativo e sanguinário, que ordena o extermínio de cidades inteiras – mulheres e crianças incluídas. “Se a religião prega a compaixão, por que os textos sagrados têm tanto ódio?”, pergunta a historiadora americana Karen Armstrong, autora de um novo e provocativo estudo sobre a Bíblia. Para os especialistas, a violência do Antigo Testamento é fruto dos séculos de guerras com os assírios e os babilônios. Os autores do livro sagrado foram influenciados por essa atmosfera de ódio, e daí surgiram as histórias em que Deus se mostra bastante violento e até cruel. Os redatores da Bíblia estavam extravasando sua angústia.
Por volta do ano 200 a.C., o cânone (conjunto de livros sagrados) hebraico já estava finalizado e começou a se alastrar pelo Oriente Médio. A primeira tradução completa do Antigo Testamento é dessa época. Ela foi feita a mando do rei Ptolomeu 2o em Alexandria, no Egito, grande centro cultural da época. Segundo uma lenda, essa tradução (de hebraico para grego) foi realizada por 72 sábios judeus. Por isso, o texto é conhecido como Septuaginta. Além da tradução grega, também surgiram versões do Antigo Testamento no idioma aramaico – que era uma espécie de língua franca do Oriente Médio naquela época.
Dois séculos mais tarde, a Bíblia em aramaico estava bombando: ela era a mais lida na Judéia, na Samária e na Galiléia (províncias que formam os atuais territórios de Israel e da Palestina). Foi aí que um jovem judeu, grande personagem desta história, começou a se destacar. Como Sócrates, Buda e outros pensadores que mudaram o mundo, Jesus de Nazaré nada deixou por escrito – os primeiros textos sobre ele foram produzidos décadas após sua morte.
E o cristianismo já nasceu perseguido: por se recusarem a cultuar os deuses oficiais, os cristãos eram considerados subversivos pelo Império Romano, que dominava boa parte do Oriente Médio desde o século 1 a.C. Foi nesse clima de medo que os cristãos passaram a colocar no papel as histórias de Jesus, que circulavam em aramaico e também em coiné – um dialeto grego falado pelos mais pobres. “Os cristãos queriam compreender suas origens e debater seus problemas de identidade”, diz o teólogo Paulo Nogueira, da Universidade Metodista de São Paulo. Para fazer isso, criaram um novo gênero literário: o evangelho. Esse termo, que vem do grego evangélion (“boa-nova”), é um tipo de narrativa religiosa contando os milagres, os ensinamentos e a vida do Messias.
A maioria dos evangelhos escritos nos séculos 1 e 2 desapareceu. Naquela época, um “livro” era um amontoado de papiros avulsos, enrolados em forma de pergaminho, podendo ser facilmente extraviados e perdidos. Mas alguns evangelhos foram copiados e recopiados à mão, por membros da Igreja. Até que, por volta do século 4, tomaram o formato de códice – um conjunto de folhas de couro encadernadas, ancestral do livro moderno. O problema é que, a essa altura do campeonato, gerações e gerações de copiadores já haviam introduzido alterações nos textos originais – seja por descuido, seja de propósito. “Muitos erros foram feitos nas cópias, erros que às vezes mudaram o sentido dos textos. Em certos casos, tais erros foram também propositais, de acordo com a teologia do escrivão”, afirma o padre e teólogo Luigi Schiavo, da Universidade Católica de Goiás. Quer ver um exemplo?
Sabe aquela famosa cena em que Jesus salva uma adúltera prestes a ser apedrejada? De acordo com especialistas, esse trecho foi inserido no Evangelho de João por algum escriba, por volta do século 3. Isso porque, na época, o cristianismo estava cortando seu cordão umbilical com o judaísmo. E apedrejar adúlteras é uma das leis que os sacerdotes-escritores judeus haviam colocado no Pentateuco. A introdução da cena em que Jesus salva a adúltera passa a idéia de que os ensinamentos de Cristo haviam superado a Torá – e, portanto, os cristãos já não precisavam respeitar ao pé da letra todos os ensinamentos judeus.
A julgar pelo último livro da Bíblia cristã, o Apocalipse (que descreve o fim do mundo), o receio de ter suas narrativas “editadas” era comum entre os autores do Novo Testamento. No versículo 18, lê-se uma terrível ameaça: “Se alguém fizer acréscimos às páginas deste livro, Deus o castigará com as pragas descritas aqui”. Essa ameaça reflete bem o clima dos primeiros séculos do cristianismo: uma verdadeira baderna teológica, com montes de seitas defendendo idéias diferentes sobre Deus e o Messias. A seita dos docetas, por exemplo, acreditava que Jesus não teve um corpo físico. Ele seria um espírito, e sua crucificação e morte não passariam – literalmente – de ilusão de ótica. Já os ebionistas acreditavam que Jesus não nascera Filho de Deus, mas fora adotado, já adulto, pelo Senhor. A primeira tentativa de organizar esse caos das Escrituras ocorreu por volta de 142 – e o responsável não foi um clérigo, mas um rico comerciante de navios chamado Marcião.
A Bíblia segundo Marcião
Ele nasceu na atual Turquia, foi para Roma, converteu-se ao cristianismo, virou um teólogo influente e resolveu montar sua própria seleção de textos sagrados. A Bíblia de Marcião era bem diferente da que conhecemos hoje. Isso porque ele simpatizava com uma seita cristã hoje desaparecida, o gnosticismo. Para os gnósticos, o Deus do Velho Testamento não era o mesmo que enviara Jesus – na verdade, as duas divindades seriam inimigas mortais. O Deus hebraico era monstruoso e sanguinário, e controlava apenas o mundo material. Já o universo espiritual seria dominado por um Deus bondoso, o pai de Jesus. A Bíblia editada por Marcião continha apenas o Evangelho de João, 11 cartas de Paulo e nenhuma página do Velho Testamento. Se as idéias de Marcião tivessem triunfado, hoje as histórias de Adão e Eva no paraíso, a arca de Noé e a travessia do mar Vermelho não fariam parte da cultura ocidental. Mas, por volta de 170, o gnosticismo foi declarado proibido pelas autoridades eclesiásticas, e o primeiro editor da Bíblia cristã acabou excomungado.
Roma, até então pior inimiga dos cristãos, ia se rendendo à nova fé. Em 313, o imperador romano Constantino se aliou à Igreja. Ele pretendia usar a força crescente da nova religião para fortalecer seu império. Para isso, no entanto, precisava de uma fé una e sólida. A pressão de Constantino levou os mais influentes bispos cristãos a se reunirem no Concílio de Nicéia, em 325, para colocar ordem na casa de Deus. Ali, surgiu o cânone do cristianismo – a lista oficial de livros que, segundo a Igreja, realmente haviam sido inspirados por Deus.
“A escolha também era política. Um grupo afirmou seu poder e autoridade sobre os outros”, diz o padre Luigi. Esse grupo era o dos cristãos apostólicos, que ganharam poder ao se aliar com o Império Romano. Os apostólicos eram, por assim dizer, o “partido do governo”. E por isso definiram o que iria entrar, ou ser eliminado, das Escrituras.
Eles escolheram os evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João para representar a biografia oficial de Cristo, enquanto as invenções dos docetas, dos ebionistas e de outras seitas foram excluídas, e seus autores declarados hereges. Os textos excluídos do cânone ganharam o nome de “apócrifos” – palavra que vem do grego apocrypha, “o que foi ocultado”. A maioria dos apócrifos se perdeu – afinal de contas, os escribas da Igreja não estavam interessados em recopiá-los para a posteridade. Mas, com o surgimento da arqueologia, no século 19, pedaços desses textos foram encontrados nas areias do Oriente Médio. É o caso de um polêmico texto encontrado em 1886 no Egito. Ele é assinado por uma certa “Maria” que muitos acreditam ser a Madalena, discípula de Jesus, presente em vários trechos do Novo Testamento. O evangelho atribuído a ela é bem feminista: Madalena é descrita como uma figura tão importante quanto Pedro e os outros apóstolos. Nos primórdios do cristianismo, as mulheres eram aceitas no clero – e eram, inclusive, consideradas capazes de fazer profecias. Foi só no século 3 que o sacerdócio virou monopólio masculino, o que explicaria a censura da apóstola e seu testemunho. Aliás, tudo indica que Madalena não foi prostituta – idéia que teria surgido por um erro na interpretação do livro sagrado. No ano 591, o papa Gregório fez um sermão dizendo que Madalena e outra mulher, também citada nas Escrituras e essa sim ex-pecadora, na verdade seriam a mesma pessoa (em 1967, o Vaticano desfez o equívoco, limpando a reputação de Maria).
Na evolução da Bíblia, foram aparecendo vários trechos machistas – e suspeitos. É o caso de uma passagem atribuída ao apóstolo Paulo: “A mulher aprenda (...) com toda a sujeição. Não permito à mulher que ensine, nem que tenha domínio sobre o homem (...) porque Adão foi formado primeiro, e depois Eva”. É provável que Paulo jamais tenha escrito essas palavras – porque, na época em que ele viveu, o cristianismo não pregava a submissão da mulher. Acredita-se que essa parte tenha sido adicionada por algum escriba por volta do século 2.
Após a conversão do imperador Constantino, o eixo do cristianismo se deslocou do Oriente Médio para Roma. Só que, para completar a romanização da fé, faltava um passo: traduzir a palavra de Deus para o latim. A missão coube ao teólogo Eusebius Hyeronimus, que mais tarde viria a ser canonizado com o nome de são Jerônimo. Sob ordens do papa Damaso, ele viajou a Jerusalém em 406 para aprender hebraico e traduzir o Antigo e o Novo Testamento. Não foi nada fácil: o trabalho durou 17 anos.
Daí saiu a Vulgata, a Bíblia latina, que até hoje é o texto oficial da Igreja Católica. Essa é a Bíblia que todo mundo conhece. “A Vulgata foi o alicerce da Igreja no Ocidente”, explica o padre Luigi. Ela é tão influente, mas tão influente, que até seus erros de tradução se tornaram clássicos. Ao traduzir uma passagem do Êxodo que descreve o semblante do profeta Moisés, são Jerônimo escreveu em latim: cornuta esse facies sua, ou seja, “sua face tinha chifres”. Esse detalhe esquisito foi levado a sério por artistas como Michelangelo – sua famosa escultura representando Moisés, hoje exposta no Vaticano, está ornada com dois belos corninhos. Tudo porque Jerônimo tropeçou na palavra hebraica karan, que pode significar tanto “chifre” quanto “raio de luz”. A tradução correta está na Septuaginta: o profeta tinha o rosto iluminado, e não chifrudo. Apesar de erros como esse, a Vulgata reinou absoluta ao longo da Idade Média – durante séculos, não houve outras traduções.
O único jeito de disseminar o livro sagrado era copiá-lo à mão, tarefa realizada pelos monges copistas. Eles raramente saíam dos mosteiros e passavam a vida copiando e catalogando manuscritos antigos. Só que, às vezes, também se metiam a fazer o papel de autores.
Após a queda do Império Romano, grande parte da literatura da Antiguidade grega e romana se perdeu – foi graças ao trabalho dos monges copistas que livros como a Ilíada e a Odisséia chegaram até nós. Mas alguns deles eram meio malandros: costumavam interpolar textos nas Escrituras Sagradas para agradar a reis e imperadores. No século 15, por exemplo, monges espanhóis trocaram o termo “babilônios” por “infiéis” no texto do Antigo Testamento – um truque para atacar os muçulmanos, que disputavam com os espanhóis a posse da península Ibérica.
Escrituras em série
Tudo isso mudou após a invenção da imprensa, em 1455. Agora ninguém mais dependia dos copistas para multiplicar os exemplares da Bíblia. Por isso, o grande foco de mudanças no texto sagrado passou a ser outro: as traduções.Em 1522, o pastor Martinho Lutero usou a imprensa para divulgar em massa sua tradução da Bíblia, que tinha feito direto do hebraico e do grego para o alemão. Era a primeira vez que o texto sagrado era vertido numa língua moderna – e a nova versão trouxe várias mudanças, que provocavam a Igreja (veja quadro na pág. 65). Logo depois um britânico, William Tyndale, ousou traduzir a Bíblia para o inglês. No Novo Testamento, ele traduziu a palavra ecclesia por “congregação”, em vez de “igreja”, o termo preferido pelas traduções católicas. A mudança nessa palavrinha era um desafio ao poder dos papas: como era protestante, Tyndale tinha suas diferenças com a Igreja. Resultado? Ele foi queimado como herege em 1536. Mas até hoje seu trabalho é referência para as versões inglesas do livro sagrado.
A Bíblia chegou ao nosso idioma em 1753 – quando foi publicada sua primeira tradução completa para o português, feita pelo protestante João Ferreira de Almeida. Hoje, a tradução considerada oficial é a feita pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e lançada em 2001. Ela é considerada mais simples e coloquial que as traduções anteriores. De lá para cá, a Bíblia ganhou o mundo e as línguas. Já foi vertida para mais de 300 idiomas e continua um dos livros mais influentes do mundo: todos os anos, são publicadas 11 milhões de cópias do texto integral, e 14 milhões só do Novo Testamento.
Depois de tantos séculos de versões e contra-versões, ainda não há consenso sobre a forma certa de traduzi-la. Alguns buscam traduções mais próximas do sentido e da época original – como as passagens traduzidas do hebraico pelo lingüista David Rosenberg na obra O Livro de J, de 1990. Outros acham que a Bíblia deve ser modernizada para atrair leitores. O lingüista Eugene Nida, que verteu a Bíblia na década de 1960, chegou ao extremo de traduzir a palavra “sestércios”, a antiga moeda romana, por “dólares”. Em 2008, duas versões igualmente ousadas estão agitando as Escrituras: a Green Bible (“Bíblia Verde”, ainda sem versão em português), que destaca 1 000 passagens relacionadas à ecologia – como o momento em que Jó fala sobre os animais –, e a Bible Illuminated (‘Bíblia Iluminada”, em inglês), com design ultramoderno e fotos de celebridades como Nelson Mandela e Angelina Jolie.

A Bíblia se transforma, mas uma coisa não muda: cada pessoa, ou grupo de pessoas, a interpreta de uma maneira diferente – às vezes, com propósitos equivocados. Em pleno século 21, pastores fundamentalistas tentam proibir o ensino da Teoria da Evolução nas escolas dos EUA, sendo que a própria Igreja aceita as teorias de Darwin desde a década de 1950. Líderes como o pastor Jerry Falwell defendem o retorno da escravidão e o apedrejamento de adúlteros, e no Oriente Médio rabinos extremistas usam trechos da Torá para justificar a ocupação de terras árabes. Por quê? Porque está na Bíblia, dizem os radicais. Não é nada disso. Hoje, os principais estudiosos afirmam que a Bíblia não deve ser lida como um manual de regras literais – e sim como o relato da jornada, tortuosa e cheia de percalços, do ser humano em busca de Deus. Porque esse é, afinal, o verdadeiro sentido dessa árvore de histórias regada há 3 mil anos por centenas de mãos, cabeças e corações humanos: a crença num sentido transcendente da existência.



Top 5 pragas
I. Quando os hebreus eram escravos no Egito, o Senhor enviou 10 pragas contra os opressores do povo escolhido. A primeira delas foi transformar toda a água do país em sangue (Êxodo 7:21).
II. Como o faraó não libertava os hebreus, o Senhor radicalizou: matou, numa só noite, todos os primogênitos do Egito. “E houve grande clamor no país, pois não havia casa onde não houvesse um morto” (Êxodo 12:30).
III. Desgostoso com os pecados de Sodoma e Gomorra, Deus destruiu as duas cidades com uma chuvarada de fogo e enxofre (Gênesis 19:24).
IV. Para punir as deso­bediências do rei Davi, o Senhor enviou uma doença não identificada, que matou 70 mil homens e 200 mil mulheres e crianças (2 Samuel, 24: 1-13).
V. Quando a nação dos filisteus roubou a arca da Aliança, onde estavam guardados os 10 Mandamentos, o Senhor os castigou com um surto de hemorróidas letais. “Os intestinos lhes saíam para fora e apodreciam” (1 Samuel 5:9) .

Os possíveis autores
1200 a.C. - Moisés
Segundo uma lenda judaica, a Torá (obra precursora da Bíblia) teria sido escrita por ele. Mas há controvérsias, pois existe um trecho da Torá que diz: “Moisés morreu e foi sepultado pelo Senhor próximo a Fegor”. Ora, se Moisés é o autor do texto, como ele poderia ter relatado a própria morte?
1000 a.C. - Javista
Viveu na corte do rei Davi, no antigo reino de Israel, e era um aristocrata. Ou, quem sabe, uma aristocrata: para o crítico Harold Bloom, Javista era mulher. Isso porque os personagens femininos da Bíblia (Eva e Sara, por exemplo) são muito mais elaborados que os masculinos.
Século 4 a.C. - Esdras
Líder religioso que reformou o judaísmo e possível editor do Pentateuco (5 primeiros livros da Bíblia). Vários trechos bíblicos editados por ele pregam a violência: “Derrubareis todos os altares dos povos que ides expropriar, queimareis as casas, e mudareis os nomes desses lugares”.
Século 1 - Paulo
Nunca viu Cristo pessoalmente, mas foi o primeiro a escrever sobre ele. Nascido na Turquia, Paulo viajou e fundou igrejas pelo Oriente Médio. Ele escrevia cartas para essas igrejas, contando a incrível aventura de um tal Jesus – que foi crucificado e ressuscitou.
Século 1 - Maria Madalena
Estava entre os discípulos favoritos de Jesus – e, diferentemente do que o Vaticano sustentou durante séculos, nunca foi prostituta. Pelo contrário: tinha influência no cristianismo e é a suposta autora do Apócrifo de Maria, um livro em que fala sobre sua relação pessoal com Jesus e divulga os ensinamentos dele.
Século 1 - João
Escreveu o 4o evangelho do Novo Testamento (João) e o Livro do Apocalipse, o último da Bíblia. Para ele, Jesus não é apenas um messias – é um ser sobrenatural, a própria encarnação de Deus. Essa interpretação mística marca a ruptura definitiva entre judaísmo e fé cristã.
Século 5 - Jerônimo
Nascido no território da atual Hungria, este padre foi enviado a Jerusalém com uma missão importantíssima: traduzir a Bíblia do grego para o latim. Cometeu alguns erros, como dizer que o profeta Moisés tinha chifres (uma confusão com a palavra hebraica karan, que na verdade significa “raio de luz”).
Século 16 - William Tyndale
Possuir trechos da Bíblia em qualquer idioma que não fosse o latim era crime. O professor Tyndale não quis nem saber, traduziu tudo para o inglês, e acabou na fogueira. Mas seu trabalho foi incrivelmente influente: é a base da chamada “Bíblia do Rei James”, até hoje a tradução mais lida nos países de língua inglesa.

Top 5 matanças
I. Um grupo de meninos malcriados zombou da calvície do profeta Eliseu. Pra quê! Na hora, dois ursos famintos saíram de um bosque e comeram as crianças (2 Reis 2:24).
II. Cercado por um exército de filisteus, o herói Sansão apanhou a mandíbula de um jumento morto. Usando o osso como arma, ele massacrou mil inimigos (Juízes, 15:16).
III. O profeta Elias convidou os sacerdotes do deus Baal para uma competição de orações. Era uma armadilha: Elias incitou o povo, que linchou os pagãos (1 Reis 18:40).
VI. Os judeus haviam perdido a fé e começaram a adorar um bezerro de ouro. Moisés ficou furioso e mandou sacerdotes levitas matar 3 mil infiéis (Êxodo 32:19).
V. A nação dos amalequitas disputava o território de Canaã com os judeus. O Senhor ordena que todos os amalequitas sejam chacinados (1 Samuel 15:18).

Top 5 satanagens
I. Após a destruição de Sodoma, os únicos sobreviventes eram Ló e suas duas filhas. As filhas de Lot embebedaram o pai e tiveram com ele a noite mais incestuosa da Bíblia (Gênesis 19:31).
II. O Cântico dos Cânticos, atribuído ao rei Salomão, é altamente erótico. Um dos trechos: “Teu corpo é como a palmeira, e teus seios, como cachos de uvas” (Cânticos 7:7).
III. Os anjos do Senhor tiveram chamegos ilícitos com mulheres mortais. “Vendo os Filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram-nas como mulheres, tantas quanto desejaram” (Gênesis 6:2).
IV. A Bíblia diz que os antigos egípcios eram muito bem-dotados. Após a fuga para Canaã, a judia Ooliba tem saudades dos tempos em que se prostituía no Egito. Tudo porque “seus amantes (...) ejaculavam como cavalos” (Ezequiel 23:20).
V. O hebreu Onã casou com a viúva de seu irmão, mas não conseguia fazer sexo com ela – preferia o prazer solitário. Do nome dele vem o termo “onanismo”, que significa masturbação (Gênesis 38:9).

As história da história
Como o livro sagrado evoluiu ao longo dos tempos
Tanach - Século 5 a.C.
É a Bíblia judaica, e tem 3 livros: Torá (palavra hebraica que significa “lei”), Nebiim (“profetas”) e Ketuvim (“escritos”). É parecida com a Bíblia atual, pois os católicos copiaram seus escritos. Contém as sementes do monoteísmo e da ética religiosa, mas também pregações de violência. A primeira das bíblias tem trechos ambíguos e misteriosos – algumas passagens dão a entender que Javé não é o único deus do Universo.
Septuaginta - Século 3 a.C.
O Oriente Médio era dominado pelos gregos e pelos macedônios. Muitos judeus viviam em cidades de cultura grega, como Alexandria, e desejavam adaptar sua religião aos novos tempos. Diz a lenda que Ptolomeu, rei do Egito, reuniu um grupo de 72 sábios judeus para traduzir a Tanach – e fizeram tudo em 72 dias. Por isso, o resultado é conhecido como Septuaginta. Inclui textos que não constam da Tanach.
Novo Testamento - Século 1
A língua do Antigo Testamento é o hebraico, mas o Novo Testamento foi escrito num dialeto grego chamado coiné. Contém os relatos sobre vida, milagres, morte e ressurreição de Jesus – os evangelhos. Em alguns trechos, vai deixando evidente a divergência entre cristianismo e judaísmo. É o caso, por exemplo, do Evangelho de João, em que Jesus é descrito como uma encarnação de Deus (coisa na qual os judeus não acreditavam).
Católica - Século 4
Seus autores decidiram incluir 7 livros que os judeus não reconheciam. São os chamados Deuterocanônicos: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Macabeus 1 e 2 (mais trechos dos livros Daniel e Ester). A Bíblia católica bate na tecla do monoteísmo: a palavra hebraica Elohim, usada na Tanach para designar a divindade, é o plural de El, um deus cananeu. Mas foi traduzida no singular e virou “Senhor”.
Ortodoxa - Por volta do século 4
É baseada na Septuaginta, mas também inclui livros considerados apócrifos por católicos e protestantes: Esdras 1, Macabeus 3 e 4 e o Salmo 151. A tradução é mais exata (nesta Bíblia, Moisés nunca teve chifres, um erro de tradução introduzido pela Bíblia latina), e os escritos não são levados ao pé da letra: para os ortodoxos, o que conta são as interpretações do texto bíblico, feitas por teólogos ao longo dos séculos.
Protestante - Século 16
Ao traduzir a Bíblia para o alemão, Martinho Lutero excluiu os livros Deuterocanônicos e mudou algumas coisas. Um exemplo é a palavra grega metanoia, que na Bíblia católica significa “fazer penitência” – uma referência à confissão dos pecados, um dos sacramentos católicos. Já Lutero traduziu metanoia como “reviravolta”. Para ele, confessar os pecados era inútil. O importante era transformar a vida pela fé.

Top 5 milagres
I. O maior de todos os milagres divinos foi o primeiro: a Criação do mundo, pelo poder da palavra. “E Deus disse: que haja luz. E houve luz” (Gênesis 1:3).
II. Para dar-lhe uma amostra de seus poderes, o Senhor leva Ezequiel a um campo cheio de esqueletos – e os traz de volta à vida. “O vento do Senhor soprou neles, e viveram” (Ezequiel, 37; 1-28).
III. Graças à benção divina, o herói Sansão tinha a força de muitos homens. Certa vez, foi atacado por um leão. “O espírito do Senhor deu-lhe poder, e Sansão destroçou a fera com as próprias mãos, como se matasse um cabrito” (Juízes 14:6).
IV. Josué liderava uma batalha contra os amalequitas, mas o Sol estava se pondo. Como não queria lutar no escuro, o hebreu pediu ajuda divina – e o Sol ficou no céu (Josué 10:13).
V. Para fugir do Egito, os hebreus precisavam atravessar o mar Vermelho. E não tinham navios. Moisés ergueu seu bastão e as águas do mar se dividiram. Após a passagem dos hebreus, o profeta deixou que as ondas se fechassem sobre os exércitos do faraó (Êxodo 14; 21-30).

Para saber mais
A Bíblia: Uma Biografia
Karen Armstrong, Jorge Zahar Editora, 2007.
Who Wrote the Bible?
Richard Elliott Friedman, HarperOne, 1997.

fonte : http://super.abril.com.br/religiao/quem-escreveu-biblia-447888.shtml

domingo, 13 de julho de 2014

AS LIÇÕES DE UMA GRANDE DERROTA




O Brasil e o mundo ficaram chocados, aturdidos, com a derrota de 7 a 1 da seleção brasileira contra a Alemanha. Ninguém pôde entender e explicar como em menos de trinta minutos de jogo já tínhamos tomado cinco gols muito bem construídos. Gols elegantes.

No país do futebol, numa das “Arenas” mais belas e caras do mundo, o time de craques milionários que jogam no mundo todo, muito bem pagos e treinados, com menos de trinta minutos estava prostrado, derrotado, paralisado. Algo inimaginável, algo que superou todas as piores previsões negativas. O “gigante do futebol”, cinco vezes campeão do mundo, gemia e chorava, dentro de sua casa... Alguns falaram em “apagão” do time. Nenhum comentarista de futebol conseguiu explicar o que houve, embora arriscassem muitos palpites. Nunca houve em toda a história das Copas do Mundo um time que tivesse sido tão massacrado, vexado, em sua própria casa. Foi algo sobre-humano... por isso, tudo merece muita reflexão.

As palavras do povo em lágrimas eram: vergonha, humilhação, etc... É precioso olhar tudo isso, com os olhos da fé. Michel Quoist disse que “na perspectiva da fé, submeter-se à realidade é submeter-se a Deus”.

Os sábios dizem que são nas piores derrotas que o homem aprende a reconhecer seus erros e se preparar para a vitória. Os nossos fracassos, quando bem aproveitados, são remédios eficazes. Então, o mais importante agora é tirar desta catástrofe futebolística, dessa hecatombe nas almas da maioria dos brasileiros, as lições que esse belo país, Terra de Santa Cruz, precisa aprender para vencer os enormes desafios que tem pela frente.

Em junho do ano passado o povo brasileiro foi para as ruas reclamar, como há muito tempo não fazia, contra todas as mazelas que o afligem. Conhecemos bem; houve até um cartaz que dizia: “São tantos problemas que não cabem num cartaz”.

Não podemos nos orgulhar diante do mundo, apenas com realidades tão passageiras, efêmeras e voláteis como futebol, carnaval, e coisas semelhantes. Não. Precisamos nos orgulhar de ter um povo educado, com mais honestidade, sem criminalidade descontrolada, sem fome, sem falta de moradia, sem corrupção, sem malversação do dinheiro público, com bons hospitais, bons médicos e dentistas para o povo, saneamento básico, transportes públicos adequados, mais remédios, menos inflação e impostos, melhor PIB, políticos mais honestos, menos “toma lá dá cá”, menos conchavos políticos, menos fingimentos, etc. Isto sim, deve encher de orgulho uma nação; e não simplesmente se satisfazer com um orgulho perigoso e enganador de querer ser “o melhor do mundo” em futebol e carnaval. Mas agora o circo “pegou fogo".

É claro, que o esporte é belo e necessário, e a sua disputa sadia e educada é boa; mas não pode ser um fanatismo doentio, a realização determinante de um povo; é muito pouco e efêmero como acabamos de ver. Disse o profeta: “Maldito o homem que confia no homem”. Arriscar a felicidade numa competição é insensatez e imprudência. São Paulo recomendou aos filipenses: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fl 4,4).

Quiseram fazer “A Copa das Copas”, num orgulho exacerbado, acintoso, tentando humilhar os que fizeram as outras Copas, como se assim pudéssemos “ganhar o mundo” e o “satisfazer” o povo. A FIFA pediu 8 estádios e fizeram 12 Arenas ao custo de cerca de trinta bilhões de reais... numa nação carente.

Então, para se combater o orgulho e a vaidade desvairada, nada melhor do que a humilhação. O grande santo e doutor da Igreja, São Francisco de Sales, dizia que sem humildade ninguém se salva, e sem passar pela humilhação ninguém se torna humilde. Jesus abominou a ostentação e a soberba. “Aquele que se exalta será humilhado, o que se humilha será exaltado”.

Que então, essa humilhação que o Brasil sofreu na Copa, como nenhum outro país já experimentou, nos ajude a vencer as terríveis misérias acima citadas.


Especialmente neste ano de eleições, temos uma grande oportunidade desta conscientização se manifestar num voto consciente, lúcido, sem venda da própria consciência, sem votos nulos ou brancos, que em nada ajudam a democracia, ao contrário, a enfraquece. A esperança do povo deve nascer nas urnas, exercendo de maneira realmente patriótica o voto. A urna é mais sagrada que o campo de futebol.

Prof. Felipe Aquino

domingo, 22 de junho de 2014

A guerra entre o mundo moderno, contra o mundo divino de Deus.



Todos tem o seu ponto fraco, uns lutam para vencer e outros deixam acontecer. O pecado leva algumas pessoas a loucura, a ponto de decepcionar a deus e tem aquelas pessoas que até gostam de praticar tal ato porquê  se sente bem, quantas pessoas não praticam o pecado do adultério o pecado da fornicação pecados relativos,  realmente tem pessoas que adoram viver desse jeito adulterando praticando vários pecados relativos. Uns tentam lutar contra, mas às vezes o prazer do pecado é maior do que a si mesmo. Todos tem um ponto fraco, eu tenho o meu e às vezes é difícil lutar contra, mas só de você lutar e tentar não praticar tal ato, Deus fica feliz por você, ele quer te salvar então faça a coisa certa, no mundo de hoje é fácil encontrar pessoas drogadas, bêbadas e pessoas se prostituindo, um grande amigo meu disse que o inferno, é isso que está em nossa volta. O demônio tenta a cada segundo seduzir a tua alma, com esses pecados, ele só brinca com você, ele faz de tudo para atentar você e seduzir a sua alma. Claro que muitos já disseram viver segundo a religião é muito chato, e se você viver no mundo é muito mais legal muito mais interessante. Eu vivo tudo isso bem de perto, porquê eu realmente quero viver segundo as leis de Deus, mas ao mesmo tempo eu quero estar no mundo me aventurando com os meus amigos experimentando de tudo, e isso é uma grande guerra pra mim, quando eu era ateu, eu falava que quando crescesse iria fazer várias coisas, que se eu fizesse ia decepcionar muito a deus. Pois bem depois que eu me converti me sinto muito bem, comigo mesmo, mas sinceramente eu sinto a falta de viver iguais, algumas pessoas que eu vejo por ai, isso tudo pode parecer bem contraditório, mas faz sentido, pelo menos pra mim, isso é uma grande guerra pra mim, e as vezes eu vivo no meio termo de tudo isso. 

domingo, 15 de junho de 2014

Manifestações na semana da copa


Na semana do mundial, veio junto também varias manifestações, são pessoas que lutam pelo seus direitos e querem educação, saúde e transporte melhor. Num pais corrupto como o Brasil é muto fácil fazer uma copa do mundo, a fifa vem e recada todo o dinheiro da nação brasileira, e até o governo sai ganhando nessa, o único que sai perdendo como sempre é a população. Pois bem no dia 12 teve uma manifestação em São paulo que até a impressa americana se feriu A repórter da CNN Shasta Darlington e a produtora Barbara Arvanitidis ficaram feridas durante a cobertura do protesto em São Paulo, nesta quinta-feira, dia do jogo de estreia da Copa do Mundo. Uma bomba de gás lacrimogêneo lançada pela polícia atingiu a equipe. Os manifestantes tentavam caminhar em direção à Arena Corinthians. Darlington sofreu um pequeno corte no braço e Arvanitidis foi atingida no pulso.
 Agora pensem imagina as reportagens que devem está acontecendo la fora por causa dessa acontecimento. Muitas pessoas dizem  que fazer manifestações com esses atos são errados, e eu me pego perguntando a mim mesmo, qual guerra civil do mundo foi pacifica? isso realmente não existe, o governo e a grande mídia quer você saia do seu trabalho vá pra casa assistir o jogo e no dia seguinte quer que você pegue, o trem lotado pra começar tudo de novo, a mídia tenta te alienar e você nem percebe. Mais manifestações estão por vim por causa dessa copa, que na cara dura roubou tanto dinheiro da população e você realmente não pode ficar de fora.