Nascido na Inglaterra em 1875, Aleister Crowley foi nada
mais nada menos que o maior “mago” de todos os tempos. Era chamado de o homem
mais maligno do mundo, e se auto-intitulava “A Besta”, ou o número 666. Crowley
influenciou muito a música – artistas como Black Sabbath, Beatles (na capa do
disco Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, lá estava a foto de Crowley) e
Raul Seixas (em músicas como Sociedade Alternativa e A Lei).
Crowley também era mago, hedonista, usuário recreacional de
drogas, e crítico social. Em muita de suas façanhas ele "iria contra os
valores morais e religiosos do seu tempo", defendendo o libertarianismo
baseado em sua regra de "Faz o que tu queres". Por causa disso, ele
ganhou larga notoriedade em sua vida, e foi declarado pela imprensa do tempo
como "O homem mais perverso do mundo." Além de suas atividades
esotéricas, ele era também um premiado jogador de xadrez, um alpinista, poeta e
dramaturgo.6
Em 2001, uma enquete da BBC descrevia Crowley como sendo o
septuagésimo terceiro maior britânico de todos os tempos, por influenciar e ser
referenciado por numerosos escritores, músicos e cineastas, incluindo Jimmy
Page, Alan Moore, Bruce Dickinson, Ozzy Osbourne, Raul Seixas, Marilyn Manson e
Kenneth Anger. Ele também foi citado como influência principal de muitos grupos
esotéricos e de individuais na posterioridade, incluindo figuras como Kenneth
Grant e Gerald Gardner.
Edward Alexander Crowley Nasceu na rua Clarendon Square,
número 30, em Royal Leamington Spa, Warwickshire, Inglaterra, entre as 11:00 da
noite e meia-noite do dia 12 de Outubro de 1875.8 Seu pai, Edward Crowley, era
um engenheiro formado mas, de acordo com Aleister, nunca trabalhou como um. Ele entretanto era um rico dono de cervejaria, que permitiu a ele se aposentar
antes que Aleister nascesse. Através do negócio de seu pai ele conheceu o
ilustrador Aubrey Beardsley. Sua mãe, Emily Bertha Bishop, vinha de uma família
com origens em Devon e Somerset. Ambos seus pais eram da Irmandade Reservada,
uma facção mais conservativa de uma denominação Cristã conhecida como Irmãos de
Plymouth, e seu pai costumava ser um missionário. Deste modo o jovem Crowley
foi criado para ser um Irmão Plymouth, sujeito a leitura diária de um capítulo
da Bíblia.
Em 29 de Fevereiro de 1880,12 uma irmã, Grace Mary
Elizabeth, nasceu mas sobreviveu apenas cinco horas. Crowley foi levado para
ver o corpo, em suas próprias palavras em As Confissões de Aleister Crowley, o
qual escreveu em terceira pessoa:
O incidente criou uma curiosa impressão nele. Ele não
entendia o porque de ser perturbado tão inutilmente. Ele não poderia fazer
nada; a criança estava morta; aquilo não era de sua conta. Essa atitude
continuou com o passar de sua vida. Ele nunca vistara outro funeral a não ser o
do próprio pai, que ele não se importou em fazer, pois sentiu que ele na
verdade era o centro de interesse.
Em 5 de Março de 1887, quando Crowley tinha apenas onze
anos, seu pai morreu de câncer de língua. Ele iria mais tarde descrever isso
como um ponto decisivo em sua vida, e a partir desse momento ele mais tarde
começa a se descrever em primeira pessoa em suas Confissões. Ainda sendo rico,
ele posteriormente foi enviado a uma escola da Irmandade Plymouth, mas foi
expulso por "tentar corromper outro garoto."Após isso ele atendeu
a Escola Tonbridge e o Colégio Malvern, ambas a qual desprezava Ele se
tornou continuamente cético sobre o Cristianismo, e foi contra a moralidade
Cristã da qual foi ensinado.
Principal Obra
A principal obra de Aleister Crowley foi o Livro da Lei, no
início do Novo Aeon*. Ele foi o principal desenvolvedor da Lei de Thelema, o
qual seu principal lema é: “Faz o que tu queres e há de ser tudo da Lei”, “O
amor é a Lei, mas amor sobre a vontade” e “Todo o homem e toda mulher é uma
estrela”.
*Aeon é um período de cerca de 2000 anos que caracteriza a
duração de um determinado ciclo regido por determinados conceitos mágicos na
filosofia thelêmica. O Aeon atual é o de Hórus, iniciado em 1904, também nome
de um deus gnóstico.
Crowley esteve presente nas principais ordem mágicas do
século XX, como a O.T.O. (Ordem dos
Templários Orientais), e era um exímio ocultista, talvez o maior de todos os
tempos, se dizendo o maior amigo da humanidade. Aleister Crowley se dedicou de
corpo e alma em desvendar os seus mistérios e segredos, indo a fundo na sua
busca, não se limitando por nada, derrubando todas as barreiras, experimentando
todas as facetas da alma humana, de todas as formas.
Criou uma série de rituais para se autoconhecer e travar
contato com inúmeras entidades, deuses, anjos e demônios, sem falar em uma gama
de símbolos de poder e palavras de passe. Através destes rituais, segundo
Crowley, as pessoas entram em um novo universo.
O Livro T, ou Livro de Thoth
Denominado Book of Thoth Tarot, consiste em 78 ilustrações
que antecipam a cultura psicodélica dos anos 60; esse ilustrações foram
pintados pela artista inglesa Frieda Harris entre os anos de 1938 e 1943, sob a
direção de Aleister Crowley. Las aquarelas foram compradas pelo Instituto
Warburg em Londres, onde são mantidos hoje. O baralho foi impresso pela
primeira vez em Dallas, em 1969, por Grady McMurtry, mas com apenas uma cor:
vermelho. Por esta razão foi chamado Sangreal One-Color Tarot. Só em 1977 o
Thoth Tarot foi impresso com as cores originais maravilhosas,por US Games
Systems e Samuel Weiser.
Influência no rock
Socialmente, Crowley se tornou conhecido devido as
referências feitas a ele no rock n' roll dos anos de 1960 e 1970, pelas bandas
Led Zeppelin, Rolling Stones, Iron Maiden, The Beatles e Black Sabbath, e pelos
cantores Bruce Dickinson, Ozzy Osbourne, David Bowie, Weverthon Patric, Raul
Seixas e John Frusciante.
Os primeiros a citar Crowley em sua obra foram os Beatles.
Por serem britânicos, os quatro membros da banda acreditaram que Crowley era
uma personalidade influente o bastante para ser colocado na capa do disco Sgt.
Pepper's Lonely Hearts Club Band. Isso possibilitou que os próximos artistas
tivessem conhecimento da obra de Crowley, que fazia uma boa combinação com a rebeldia
e o anarquismo promovidos pelo rock n' roll.
O cantor e compositor brasileiro Raul Seixas foi um grande
divulgador e seguidor da obra de Aleister Crowley. Suas principais canções
sobre Crowley e a Thelema são "Sociedade Alternativa", "Novo
Aeon", "Loteria de Babilônia" e "A Lei".
Uma das principais e provavelmente a mais explicita
referência musical é a canção "Mr. Crowley" do cantor britânico Ozzy
Osbourne. "Mr. Crowley" foi lançada no álbum Blizzard of Ozz, de
1980.
TV
TV
Seu nome é citado na série Supernatural exibido pela Warner Channel. Há o demônio de olhos brancos denominado Alastair; e o atual Rei do Inferno, Crowley. Todavia, não há indícios no seriado que qualquer um deles eles SEJA de fato Aleister Crowley.
Ele inicialmente é um dos antagonistas do anime e mangá D.Gray Man, mas logo se torna um membro da Ordem Negra, instituição responsável pelo combate ao Conde do Milênio - Principal antagonista das séries. Seu personagem é um vampiro.
No anime e mangá Toaru Majutsu no Index, Aleister Crowley é um mago que renegou a religião e recorre a ciência para seus fins, sendo o cérebro por trás da Cidade-Escola e o 'criador' do Imagine Breaker, a habilidade do braço direito de Kamijou Touma.
Morte
Morte Seus últimos anos, a partir de 1945, vividos em
Hastings, onde uma série de novos discípulos continuam recebendo instruções. E assim Kenneth Grant, John Symonds,
Grady McMurty, conhecem-no. Desta época, vem sua última obra,
consistindo numa coletânea de cartas dirigidas a uma jovem discípula, que foram
publicadas bem mais tarde, após a sua morte, como Magick Without Tears.46
No primeiro dia de dezembro de 1947, aos 72 anos, Aleister
Crowley, serenamente segundo alguns, exultante segundo outros, e ainda
perplexo, segundo um biógrafo, falece, vítima de bronquite crônica e complicações
cardíacas.47 48
Quatro dias depois, no crematório de Brighton, é realizada a
cerimônia que ficou conhecida como "O Último Ritual", com a leitura
de trechos da Missa Gnóstica, e de seu famoso Hino, a Pã.
Rumores indicam que Aleister Crowley teve um caso com
Pauline Pierce em Paris, que voltou para América por volta de 1924. Oito meses
depois em 8 de julho de 1924, ela deu a luz a uma menina chamada Bárbara.
Bárbara Pierce casou-se com George H. W. Bush, que veio a ser o 41º presidente
dos EUA, e ele teve um filho chamado George W. Bush, que veio a ser o 43º
presidente dos EUA. Interessante, não?
Thelema
Thelema é a filosofia ou religião (dependendo do ponto de
vista) baseada nos dois preceitos fundamentais da chamada Lei de Thelema:
Portal A Wikipédia
possui o
Portal do Ocultismo
"Faze o que tu queres, será o todo da Lei."1
"Amor é a lei, amor sob vontade."
Estes foram apresentados ao mundo, desta forma, no Livro da
Lei (Liber AL vel Legis), escrito por Aleister Crowley nos dias 8, 9 e 10 de
abril de 1904.
Crowley desenvolveu o sistema thelêmico a partir de uma
série de experiências metafísicas experimentadas por ele e sua então esposa,
Rose Edith Kelly Crowley, no início de 1904. A partir dessas experiências ele
alegava ter sido contactado por uma inteligência não-corpórea denominada Aiwass
(a quem identificou mais tarde como seu Sagrado Anjo Guardião), que ditou a
ele, entre o meio-dia e as 13 horas dos dias 8, 9 e 10 de abril daquele ano, o
Livro da Lei (Liber AL vel Legis). Sabe-se, além disso, que pensadores
anteriores a Crowley apresentaram traços da cosmovisão e sistema contidos no
livro, de modo que o conhecimento thelêmico, embora coroado pelo Liber AL, não
se restringe a ele.
O livro contém tanto a frase "Faze o que tu queres será
o todo da Lei" quanto o termo θέλημα, que Crowley tomou como nome do
sistema filosófico, místico e religioso que veio a se desenvolver a partir do
texto daquele livro, considerado sagrado pelos thelemitas, ou seja, aqueles que
seguem a filosofia ou religião de Thelema. O sistema thelêmico inclui uma série
de referências de magia, ocultismo, misticismo e religião, tanto ocidentais
quanto orientais, tais como a Cabala e a Yoga. Segundo Crowley, Thelema
representaria um novo sistema ético e filosófico para a humanidade,
caracterizando um Novo Aeon (Nova Era).
É comum que a Lei de Thelema seja compreendida, à primeira
leitura, como uma licença para que se executem todos os desejos e caprichos que
uma pessoa tenha, sem que haja responsabilidade ou consequências por seus atos.
Contudo, esta filosofia prega justamente o oposto, partindo da ideia de que
cada ser humano, por possuir livre arbítrio, é inteiramente responsável por sua
existência e por suas ações, sem ser absolvido ou culpado por nenhum Deus ou
Diabo no que tange o destino de sua própria vida. A liberdade de todo Homem e
toda Mulher é, portanto, cultuada, uma vez que, como consta no Liber AL,
"Todo homem e toda mulher é uma estrela". O resultado disso é um
profundo respeito a si próprio, a cada indivíduo e a cada forma de vida como
sendo expressões particulares do Divino.
Além disso, Thelema conclama cada um à descoberta e
realização de sua Vontade (a inicial maiúscula sendo utilizada para diferenciar
esta da vontade trivial, a expressão Verdadeira Vontade também sendo utilizada
para tanto). Cada um de nós tem por obrigação descobrir e cumprir essa
Verdadeira Vontade, deixando de lado todo capricho e distração que possa nos
afastar deste objetivo máximo. Ao realizá-la, estamos nos integrando
perfeitamente à nossa Natureza, que reflete a ordem do Universo. Portanto,
realizar a Verdadeira Vontade é despertar para a Vontade do Universo.
Em Thelema, considera-se a Divindade como algo imanente:
isto é, que vive dentro de tudo. Logo, conhecer sua Vontade mais íntima também é
conhecer a Vontade de seu Deus Interno. Esse processo de descoberta da Vontade
além dos desejos do Ego constitui um método de realização espiritual baseado
principalmente no autoconhecimento. Infelizmente, os escritos de Crowley são
usualmente mal interpretados e incrivelmente tomados no sentido oposto ao
original, dando origem a comportamentos anti-sociais que nada têm a ver com
Thelema.
A nível social, Thelema pode ser entendida como a luta pela
vivência da Liberdade de cada indivíduo, de modo que ele possa se realizar de
acordo com sua órbita particular, isto é, dentro de suas vivências e escolhas
específicas. Considerar a importância essencial do indivíduo para o mundo pode
ser uma postura menos pragmática do que a tradição política adotada por sociedades
opressoras e massificantes. No entanto, pelo que foi explicado anteriormente,
está claro que a tirania e os regimes totalitários nada têm a ver com Thelema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário