humanismo secular é uma postura filosófica (alternativamente
conhecido por alguns adeptos como Humanismo, especificamente com H maiúsculo
para distingui-la de outras formas de humanismo) que abraça a razão humana, a
ética, a justiça social e o naturalismo filosófico, enquanto rejeitando
especificamente o dogma religioso, sobrenatural, pseudociência ou superstição
como a base da moralidade e de tomada de decisão.
Ele postula que os seres humanos são capazes de ser éticos e
morais sem religião ou sem um deus. Isso não significa, no entanto, supor que
os seres humanos são inerentemente maus ou bons por natureza, nem que os seres
humanos são superiores à natureza. Pelo contrário, a postura de vida humanista
enfatiza a responsabilidade única que a humanidade enfrenta e as consequências
éticas das decisões humanas. Fundamental para o conceito de humanismo secular é
o ponto de vista fortemente defendido de que a ideologia, seja ela religiosa ou
política, tem de ser cuidadosamente examinada por cada indivíduo e não simplesmente
aceita ou rejeitada na fé. Junto com isso, uma parte essencial do humanismo
secular é uma busca contínua da verdade, principalmente através da ciência e da
filosofia. Humanistas derivam seus códigos morais de uma filosofia do
utilitarismo, naturalismo ético ou ética evolucionista, e alguns defendem uma
ciência da moralidade.

A União Internacional Humanista e Ética (IHEU) é a união
mundial de mais de cem humanistas, racionalistas, sem religião, ateus, Brights
(grupo que concede bolsas estudantis nos EUA), Cultura, Ética Secular e
organizações free-thought em mais de 40 países. O "Human Feliz" é o
símbolo oficial do IHEU, além de ser considerado um símbolo universalmente
reconhecido por aqueles que se dizem humanistas. Organizações humanistas seculares
são encontradas em todas as partes do mundo. Aqueles que se dizem humanistas
são estimados em número entre quatro e cinco milhões de pessoas em todo o
mundo.
O Humanismo Secular, também conhecido por Humanismo Laico, é
um termo que tem sido usado nos últimos trinta anos para descrever uma visão de
mundo com os seguintes pilares:
Uso da razão, da filosofia, do método científico e da
evidência factual em lugar de fé ou de misticismo, na busca de soluções e
respostas para as questões humanas mais importantes.
Compreensão de que dogmas, ideologias e tradições
religiosas, políticas ou sociais devem ser discutidos, avaliados e testados, e
não simplesmente aceitos por questão de paixão ou fé.
Busca da satisfação, do desenvolvimento e da criatividade,
para o indivíduo e para a humanidade em geral.
Preocupação com a vida real e o compromisso de dotá-la de
propósito através de um melhor conhecimento de quem somos, de nossa história,
das nossas conquistas intelectuais e artísticas e pelo interesse acerca das
perspectivas daqueles que diferem de nós.
Busca por princípios viáveis de conduta ética (tanto
individuais quanto sociais e políticas), julgando-os por sua capacidade de
melhorar o bem-estar humano e a responsabilidade individual.
Busca constante pelo melhor entendimento do mundo, levando
em consideração que o conhecimento acerca da realidade é dificilmente
preenchido, pois este pode ser ampliado através de novas experiências.
Entendimento de que com o uso da razão e do exercício da
empatia e tolerância pode-se progredir na construção de um mundo melhor.
Os Humanistas Seculares tipicamente descrevem-se como ateus,
agnósticos, deístas ou ignósticos, posto que não se apoiam em deuses ou outras
forças sobrenaturais para resolver seus problemas ou oferecer orientação para
suas condutas.
Em vez disso, valem-se da aplicação da razão, da ciência,
das lições da história e da experiência pessoal para formar fundamentos morais
e éticos e para criar sentido na vida.
Humanistas Seculares veem o método científico como a mais confiável
fonte de informação sobre o universo. Reconhecem, porém, que novas descobertas
sempre estarão alterando e expandindo nossa compreensão deste, e possivelmente
mudarão também nossa abordagem de assuntos éticos.
Muitos Humanistas Seculares afirmam ter chegado a essa
posição após um período de deísmo.
Como os humanistas seculares veem as alegações religiosas e
sobrenaturais
Os Humanistas Seculares seguem uma perspectiva chamada de
Naturalismo, na qual as leis físicas do universo não são subordinadas a
entidades imateriais ou sobrenaturais, como deuses, demónios ou outros seres
"espirituais" fora do domínio do universo natural e veem com alto
grau de desconfiança eventos sobrenaturais como milagres (que contradizem as
leis físicas) e fenómenos psíquicos (percepção extra-sensorial, telepatia,
vidência etc.).
Para os Humanistas Seculares, alegações sobrenaturais devem
ser provadas com uso do método científico antes de serem aceitas. Relatos
individuais ou imprecisos de milagres ou fenómenos sobrenaturais são rejeitados
pelos Humanistas Seculares por não serem aceitos pelo método científico.
Origem do humanismo secular
O Humanismo Secular, enquanto um sistema filosófico
organizado, é relativamente novo, mas os seus fundamentos podem ser encontrados
nas ideias de filósofos gregos clássicos como os Estóicos e Epicurianos, bem
como no Confucionismo chinês. Estas posições filosóficas buscavam nos próprios
seres humanos - e não em deuses - as soluções para os problemas da humanidade.
Durante a Idade das Trevas da Europa Ocidental, as
filosofias humanistas foram suprimidas pelo poder político da igreja. Aqueles
que ousavam expressar opiniões contrárias aos dogmas religiosos dominantes eram
banidos, torturados ou executados.
Foi apenas na Renascença dos séculos XIV a XVII, com o
desenvolvimento da Arte, Música, Literatura, Filosofia e as grandes navegações,
que a alternativa humanista passou a ser permitida.
Durante o Iluminismo do século XVIII, com o desenvolvimento
da ciência, os filósofos finalmente começaram a criticar abertamente a
autoridade da igreja e a envolver-se no que se tornou conhecido como
"Livre-Pensamento".
O movimento Livre-Pensador do Século XIX na América do Norte
e Europa Ocidental finalmente tornou possível para o cidadão comum a rejeição
da fé cega e da superstição, sem o risco de perseguição.
A influência da ciência e da tecnologia, conjuntamente com
os desafios à ortodoxia religiosa por célebres livre-pensadores como Mark Twain
e Robert G. Ingersoll, trouxeram elementos da filosofia humanista até mesmo
para igrejas cristãs tradicionais, que se tornaram mais preocupadas com este
mundo, e menos com o "próximo".
No século XX cientistas, filósofos e teólogos progressistas
começaram a organizar-se num esforço para promover a alternativa humanista às
tradicionais perspectivas baseadas na fé. Esses primeiros organizadores
classificaram o Humanismo como uma "religião não teísta", que preencheria
a necessidade humana de um sistema ético e filosófico.
Nos últimos trinta anos, aqueles que rejeitam o
sobrenaturalismo enquanto opção filosófica viável adotaram o termo
"Humanismo Secular" para descrever sua postura de vida não religiosa.
Os seus críticos frequentemente tentam classificar o
Humanismo Secular como uma religião. No entanto, o Humanismo Secular carece das
características essenciais de uma religião, inclusivamente a crença em uma
divindade e uma ordem transcendente que a acompanha.
Os humanistas seculares mantêm que assuntos referentes a
ética, conduta social e legal adequadas, e metodologia da ciência são
filosóficos e não pertencem ao domínio da religião, que lida com o
sobrenatural, místico e transcendente.
O Humanismo Secular, consequentemente, é uma filosofia e
perspectiva que se concentra nos assuntos humanos e emprega métodos racionais e
científicos para lidar com a larga variedade de assuntos importantes para todos
nós. Ao mesmo tempo que o Humanismo Secular é adverso aos sistemas religiosos
baseados em fé em muitos pontos, ele se dedica ao desenvolvimento do indivíduo
e da humanidade em geral.
Para alcançar esta meta, o Humanismo Secular encoraja a
dedicação a um conjunto de princípios que promovem o desenvolvimento da
tolerância e compaixão e uma compreensão dos métodos da ciência, análise
crítica e reflexão filosófica.
Outras fontes apontam as seguintes pessoas como Humanistas
Seculares:
Isaac
Asimov
Carl Sagan
John Lennon
Frank Zappa
Gene
Roddenberry
Christopher
Hitchens
Sam Harris
Bertrand Russell
Richard
Dawkins
Arthur C.
Clarke
Charles
Schulz
Kurt
Vonnegut
Andrei
Sakharov
Steve Allen
Jeremy
Bentham
Daniel
Dennett
Luc Ferry ( já falamos desse grande filosofo aqui no
blogger)
Sanal
Edamaruku
Julian
Huxley
John Stuart
Mill
No Brasil:
Drauzio Varella
Herbert de Souza - O Betinho